Raptos com finais felizes

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Ao falar de Natascha Kampusch lembramo-nos imediatamente do caso Dutroux, que abalou a Bélgica no Verão de 1996. Duas meninas foram salvas após dias de cativeiro e abusos sexuais, quatro corpos foram encontrados. Infelizmente, estes não são casos únicos.

Em Março deste ano, a polícia norte-americana libertou Tanya Nicole Kach. Apesar de o caso não ter a mesma repercussão mediática, as semelhanças com a história de Natascha são impressionantes: Tanya foi raptada com 14 anos e viveu durante dez anos num quarto da casa de um dos guardas da sua escola, Thomas John Hose, de 48 anos.

A 6 de Maio de 2004, a polícia russa libertou duas raparigas que, durante três anos, tinham servido como escravas sexuais de um homem de 53 anos. As jovens, de 21 e 17 anos no momento da libertação, foram mantidas numa cave sem janelas e com pouca comida. Uma delas encontrava-se grávida de oito meses, depois de já ter dado à luz (em 2001 e 2003) dois rapazes filhos do seu raptor. Tal como Natascha Kampusch, após três anos de absoluto cativeiro, as jovens começaram a ter autorização para acompanhar o homem em pequenas saídas e conseguiram passar um bilhete com um pedido de ajuda.

A japonesa Sano Fusako tinha, como Natascha, dez anos quando foi raptada por Sato Nobuyuki, de 28. Durante nove anos e oito meses, entre 1990 e 2000, viveu no andar superior da casa do seu raptor: um espaço com 200 metros quadrados. No caso de Elizabeth Smart, do Utah, EUA, o raptor actuou em nome de um suposto mandamento divino. Ela tinha 14 anos quando desapareceu, em 2002. Brian David Mitchell levou-a para uma espécie de gruta construída no meio da floresta, executou uma "cerimónia de casamento", violou-a e mantinha-a quase sempre presa e isolada. Foi encontrada nove meses depois. Os exemplos destas meninas podem ajudar a polícia, os psicólogos e até a própria Natascha.

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