"Quisemos dar acessibilidade"
Era o ministro da Saúde em 2007 quando a Linha Dói Dói Trim Trim, que era apenas para crianças até aos 14 anos, foi alargada à população geral e passou a chamar-se Linha Saúde 24.
Tornou-se num serviço completamente diferente, com algoritmos de decisão e enfermeiros treinados para fazer triagem e encaminhamento. Foi uma decisão muito importante, mas cara também. Foi preciso treinar muitas pessoas, é um serviço que funciona 24 horas e que permitiu poupar muitas idas às urgências.
O objetivo foi aliviar as urgências dos hospitais?
O objetivo foi dar às pessoas um aconselhamento rápido e de segurança. O que quisemos foi dar acessibilidade a todos de forma rápida. Não existiam Unidades de Saúde Família e não havia médicos de família que dessem os seus contactos às pessoas. A maior prova de eficácia é que o número de chamadas tem aumentado. Os meus netos, familiares, amigos quando têm um problema, a primeira coisa que fazem é ligar para a Saúde 24.
Deve manter-se o modelo de gestão privada ou deve ser pública?
Foi o Luís Filipe Pereira [Ex-ministro da Saúde] que criou as condições para que a Saúde 24 fosse um regime de parceria público-privada. Eu dei continuidade ao projeto. Não quero ficar com louros que não são meus. Na altura considerou-se que era o regime para se ter bons resultados. Acho que se pode dizer que foi um sucesso.