Quem foi que pediu o regresso da 'it girl' Olivia Palermo?
Não é que o lugar estivesse vazio, que não estava, mas agora quem o ocupa é a socialite que tudo fez para o conquistar: Olivia Palermo, a it girl norte-americana nascida no reality show da MTV The City, de 2008, e que parece ter vindo ao mundo para ditar tendências. Regressou nesta semana à front row da Semana da Moda de Paris, depois de meses de ausência e de uma síndrome de pânico se ter começado a instalar entre os fãs - tem mais de três milhões de seguidores no Instagram, perto de um milhão no Facebook e cerca de 300 mil no Twitter. Por onde andava Olivia?
Sim, tinha-se casado com o príncipe perfeito - o modelo alemão Johannes Huebl - e já todos tinham visto as imagens das férias de luxo. Mas continuara a aparecer nas festas sempre bela e elegante - nunca longe do seu ar romântico e clássico. A menina bonita da Grande Maçã estivera, afinal, ausente porque também ela tinha uma ervilha no colchão: um problema de costas que a obrigou a uma intervenção cirúrgica e a uma recuperação um bocadinho mais lenta do que o esperado. Mas como é costume em Nova Iorque, a história de Olivia Palermo foi construída com uma parte generosa de lenda e ela mesmo soube contá-la - ou deixá-la crescer - a seu bom proveito. Regressou ainda mais bonita e com mais estilo, algo que parecia ser simplesmente impossível em Palermo. Ou não?
A última "aparição" num evento de moda tinha sido em julho, na Semana da Alta-Costura de Paris. Estava no lugar de sempre: ao lado de outras it girls como Helena Bordon ou Bianca Brandolini. Assistiu aos desfiles de Dior, Fendi e Giambattista Valli, como se sempre o tivesse feito, o que não é verdade.
Mas quem é este fenómeno de 29 anos, uma das mulheres mais cobiçadas e copiadas do mundo? Ela que nem sequer é estrela de cinema e que tem conseguido afirmar-se no competitivo mundo da fama nova-iorquino usando como trampolim um reality show? Não era esperado, mas o dinheiro facilitou. Nascida em berço de ouro - o pai é um promotor imobiliário milionário de origem italiana -, Olivia estudou nos melhores colégios nos EUA, mas também em Paris, onde aprendeu Arte e Desenho. O pai deu-lhe um apartamento de luxo em Tribeca - um dos bairros mais caros, no centro de Manhattan. A mãe quis ajudar e decorou-o. Olivia era então uma socialite como tantas outras. Foi modelo e apareceu em algumas revistas, mas foi em The City que começou a construir a sua imagem. O reality show mostrava a vida quotidiana de algumas jovens de Nova Iorque e Olivia destacou-se. A partir de então, começou a surgir em páginas e páginas de revistas de moda, lançou tendências até chegar a trabalhar como relações-públicas da marca Diane von Fürstenberg, colaborando ainda com a revista Elle. Criou ainda uma linha de colares caros - em parceria com Roberta Freeymann - e o seu blogue sobre moda (www.oliviapalermo.com) tem funcionado como uma montra dos seus sucessivos sucessos. Esta é a versão oficial da sua história.
Conta a lenda nova-iorquina que Olivia era apenas uma jovem, como tantas outras, obcecada pela fama e capaz de tudo para ser convidada para uma festa. Tinha um grande inimigo: um blogue chamado Socialite Rank, que lhe negava a ascensão a estrela da alta sociedade. O site acabaria por publicar um e-mail de Olívia em que esta dava conta das fortunas que gastava em roupa e em depilações. Palermo chorou e depois pediu ao pai para levar o caso a tribunal. O blogue acabaria por fechar. Olivia tinha ganho não só a batalha, mas o bilhete dourado para a fama. Existe ainda outra história: Olivia terá enviado um e-mail às figuras mais importantes do jet set nova-iorquino - negou sempre tê-lo feito - a pedir amizade e a implorar que a convidassem para as festas privadas mais concorridas. A história foi até capa da revista New York. Este foi o início, mas Palermo tem sabido aguentar-se no topo.
Cherise Luter, que escreve sobre moda e beleza para o site Bustle, tentou explicar como é que Olivia tinha conseguido chegar ao melhor lugar do mundo - pelo menos para quem sempre sonhou ser famosa no mundo da moda. Em primeiro lugar, se participar num reality show, ser aquilo que ela foi: snobe, a má da fita, mas tão elegante e bonita que todas as meninas queriam ser como ela. O estilo clássico de Olivia - sempre foi coerente - é o ideal: "Mais Audrey Hepburn e menos Madonna", escreve Cherise. Depois, saber construir uma imagem de marca: as suas são o look integral preto, o uso (e abuso) de cintos, a Birkin (preta), o cabelo aos cachos e os saltos altos vertiginosos. Ajuda muito ter namorado durante seis anos com um bonito modelo alemão, Johannes Huebl, com quem acabou por se casar em 2014.
O vestido que usou na cerimónia do seu enlace - um conjunto branco de três peças Carolina Herrera e uns sapatos azuis Manolo Blahnik - foi copiado por muitas fãs que usaram modelos semelhantes no dia do seu casamento. Este era o sonho de Olivia. Ser esperado e noticiado o seu regresso à front row da Semana da Moda de Paris era óbvio.