Queima do gato em Mourão pode dar pena de prisão até um ano

Petição sobre a "Condenação pelo gato queimado vivo nas festas de S. João em Mourão, Vila Flor" contava já com mais de 11 mil assinaturas. Na aldeia, garantem que o gato "está bem".
Publicado a
Atualizado a

O vídeo que mostra a chamada "queima do gato" nas festas de São João, em Mourão, Vila Flor, deu origem a um processo-crime, que, de acordo com a lei contra os maus-tratos em animais, pode resultar numa pena de prisão até um ano ou pena de multa até 120 dias para quem promoveu a ação. A GNR tenta identificar os responsáveis e as associações de proteção dos animais pedem que seja feita justiça.

O crime foi denunciado pela associação Midas, na sequência de um vídeo que terá sido feito pelo Grupo de Danças e Cantares de Vila Flor e publicado no Youtube, mas que entretanto já foi removido. Após a publicação, várias associações avançaram com denúncias. Ontem, a Gatos Urbanos apresentou uma queixa-crime no Departamento de Investigação e Ação Penal, constituindo-se como assistente no processo.

"Não há dúvidas de que se trata de uma barbárie contra um animal verdadeiro", disse ao DN Jorge Monteiro, presidente da associação, acrescentando que é irrelevante se é ou não uma tradição. O vídeo "mostra um gato colocado dentro de um recipiente de barro e levantado a alguns metros de altura, num poste. Quando as chamas queimam as amarras que prendem o pote com o gato ao poste, o pote projeta-se no chão, sendo que o animal cai de uma altura superior a 3 metros." Diz o responsável que "o vídeo permite ouvir gritos horrendos do animal, aflito, em chamas."

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt