Queda do PIB foi um pouco menos acentuada no terceiro trimestre

INE publica segunda estimativa rápida sobre a evolução da economia no terceiro trimestre deste ano. Face ao ano passado PIB caiu 5,7%, mas recuperou 13,3% comparando com o segundo trimestre.
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A atividade económica caiu um pouco menos do que o inicialmente previsto pelo Instituto Nacional de Estatística, na primeira estimativa rápida divulgada a 30 de outubro.

"No terceiro trimestre de 2020, o produto interno bruto (PIB) em termos reais registou uma redução homóloga de 5,7%, após a forte contração de 16,4% no trimestre anterior", trata-se de uma revisão em alta de 0,1 pontos percentuais "devido à integração de informação primária adicional, nomeadamente relativa ao comércio internacional de serviços", explica o INE na nota divulgada esta sexta-feira.

"A redução menos intensa do PIB deveu-se sobretudo ao comportamento da procura interna que registou um contributo de -4,1 pontos percentuais (p.p.) para a variação homóloga do PIB, significativamente menos negativo que o verificado no trimestre anterior (-11,8 p.p.)" refere o gabinete de estatística.

A explicar esta evolução está a reabertura da economia depois dos meses de confinamento mais severo. Os resultados "refletem os efeitos da reabertura progressiva da atividade económica, que se seguiu à aplicação de medidas de contenção à propagação da covid-19 com forte impacto económico nos primeiros dois meses do segundo trimestre", justifica o gabinete de estatística.

Também a recuperação em cadeia, face ao segundo trimestre, sofreu uma revisão em alta. "Comparativamente com o segundo trimestre de 2020, o PIB aumentou 13,3% em termos reais, depois da forte contração observada no trimestre anterior (variação em cadeia de -13,9%)", indica o INE.

A explicar este resultado, um pouco melhor, contribui "em larga medida, o comportamento da procura interna, que apresentou um expressivo contributo positivo (10,6 p.p.) para a variação em cadeia do PIB, após o contributo fortemente negativo no segundo trimestre (-10,9 p.p.)".

A ajudar estiveram também as exportação. "O contributo da procura externa líquida também foi positivo (2,7 p.p.), depois de ter sido muito negativo (-3,0 p.p.) no trimestre precedente, verificando-se um crescimento acentuado das Exportações de Bens e Serviços", revela o INE.

Na primeira estimativa divulgada no dia 30 de outubro, o INE apontou para uma redução homóloga de 5,8% em termos reais e uma recuperação de 13,2% face ao segundo trimestre do ano.

A divulgação dos dados referentes ao PIB acontece em três momento, seguindo as regras europeias: 30 dias (estimativa rápida), 60 dias (dados detalhados) e 85 dias (dados detalhados com desagregação por setor institucional) após o trimestre de referência.

Paulo Ribeiro Pinto é jornalista do Dinheiro Vivo

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