PSP morre atropelado em serviço de trânsito
Um agente da PSP morreu ontem atropelado por um condutor quando sinalizava umas obras de requalificação que decorrem à entrada do Túnel do Grilo, no sentido Loures/ /Ponte Vasco da Gama.
Segundo o Comando da PSP de Lisboa, a zona de intervenção estava "bem sinalizada e delimitada." O DN apurou que o agente se encontrava em serviço de gratificado, com um outro chefe da PSP, e colocava pinos de sinalização da estrada quando foi colhido por um jipe.
"O chefe da PSP conseguiu fugir e saltar para cima de um carro. Mas o agente foi brutalmente atropelado e teve morte imediata", disse fonte policial.
Assim que sentiu o embate, o condutor parou de imediato a viatura e assumiu que terá adormecido ao volante. O teste de alcoolemia e ao consumo de drogas resultou negativo.
O chefe da PSP que assistiu à morte do colega está em casa "muito perturbado", revelou um colega.
O agente Correia, 42 anos, estava há mais de 20 anos na Polícia. Casado e com filhos, prestava agora serviço na Divisão de Trânsito da PSP, ao serviço da secretaria da esquadra do Lumiar. Viu no serviço de gratificado - como segurança às obras de requalificação - uma forma de ganhar um dinheiro extra. O acidente ocorreu pela 01.00.
A Direcção Nacional da PSP já abriu um inquérito para apurar as causas do acidente. A concluir-se pela negligência do condutor, o inquérito poderá resultar numa acusação de homicídio por negligência.
Ainda assim, como esclareceu ao DN o presidente da Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, a família deverá receber uma indemnização. "Apesar de ele estar de serviço de gratificado, é considerado um serviço da PSP", diz.
A lei que prevê a atribuição de um subsídio em caso de morte fala da atribuição até 250 vezes o valor do ordenado mínimo nacional de compensação - consoante a gravidade do acidente que vitimou o agente da PSP, da GNR, da PJ ou até do Serviços de Estrangeiros e Fronteiras,. Neste caso, a família do agente deverá receber o montante máximo - 113 750 euros - acredita o presidente da ASPP.