Um agente da PSP de Lisboa, que não exercia a profissão há cerca de dois anos por estar de licença sem vencimento, servia-se da farda policial e de outros meios de identificação para convencer pessoas a deixarem-no entrar nas suas casas e depois assaltá-las..Junto de fonte da Polícia Judiciária (PJ), o DN soube que o elemento da PSP, de 32 anos, e um cúmplice de 20 anos, sem actividade profissional definida, foram detidos por suspeita da prática de crimes de roubo, sequestro e abuso de uniforme..Na manhã de 30 de Abril, tocaram a campainha da porta de uma habitação, em Lisboa. A locatária, de 84 anos, ao ver que um deles estava fardado de polícia, abriu-lhes a porta..Já no interior da residência, os homens manietaram a vítima, amordaçaram-na e prenderam-na, deixando-a com as pernas e os braços atados..Enquanto a mulher permanecia imobilizada, os assaltantes apoderaram-se de uma considerável quantidade de peças em ouro, totalizando um valor calculado em mais de dez mil euros..Com o produto do roubo, fugiram, deixando a vítima presa em casa, que, embora não tenha sofrido qualquer ferimento, ficou muito abalada e com traumas psicológicos, referiu ao DN fonte da PJ..Um vizinho apercebeu-se da situação, perseguiu-os e conseguiu apanhar o que estava vestido à civil. Entregou-o depois à PSP..Agentes da PJ iniciaram investigações de imediato e localizaram, ainda nesse dia, na zona de Constância, o outro assaltante. Apreenderam-lhe três telemóveis e uma viatura, dentro da qual estava a farda da PSP utilizada nos crimes, uma lâmpada rotativa - mais conhecida pela designação "pirilampo" -, um capuz tipo passa-montanhas e dois pares de luvas..A PJ esclarece que o homem tinha estes equipamentos por ser agente da PSP. Estava fora do activo há cerca de dois anos, em regime de licença sem vencimento.