Fonte policial disse hoje à agência Lusa que os movimentos nas redes sociais, nomeadamente o Facebook, que se referem ao protesto, estão a ser vigiados, tendo motivado várias reuniões nos vários comandos nos últimos dias. A fonte indicou que a Polícia de Segurança Pública (PSP) está a preparar-se para acompanhar a manifestação com o mesmo grau de rigor e prontidão que disponibilizou aquando da cimeira da Nato, que decorreu em Lisboa, no final de novembro passado. A PSP está com especial atenção ao evoluir da situação que envolve elementos de grupos de extrema direita e de extrema esquerda que já manifestaram intenção de se associar ao protesto. .A mesma fonte garantiu que a PSP está a preparar-se para esta manifestação como se de uma "black-bloc" se tratasse, nome dado a uma estratégia de manifestação e protesto anarquista, na qual grupos de afinidade mascarados e vestidos de negro se reúnem. Entretanto, em resposta a uma pergunta da Lusa, a Direcção Nacional da PSP disse que "irá montar um dispositivo que será o menos ostensivo possível e só se existir necessidade é que evolui para outro grau". Para esta força policial, "o facto de ser uma manifestação ímpar no panorama nacional, cuja génese foram as redes sociais, não a torna diferente das outras manifestações públicas no que ao seu princípio diz respeito", garantindo "o livre exercício do direito de manifestação a todos os cidadãos (...) como parte integrante da ordem e tranquilidade que se pretende manter"..Segundo o blogue geracaoenrascada.wordpress.com indica que o protesto vai decorrer em Lisboa, Porto, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Funchal, Guimarães, Leiria, Ponta Delgada e Viseu, tendo uma das organizadoras dito à Lusa que já há mais de 45 mil pessoas prontas a participar. Contudo, a principal preocupação da Polícia está centrada em Lisboa, onde se aguarda a concentração de milhares de pessoas, a partir das 15:00 de sábado, na Avenida da Liberdade. Na página do Facebook da iniciativa, o apelo é lançado aos "desempregados, 'quinhentoseuristas' e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos". O protesto pretende "desencadear uma mudança qualitativa do país" e lutar contra a "situação precária".