PSD do Porto exige que Governo dê prioridade a investimentos no hospital

A Distrital do Porto do PSD e o PSD/Gaia exigiram hoje ao Governo "prioridade na resolução da carência de recursos e equipamentos" no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E), no qual se demitiram o diretor clínico e 51 responsáveis de serviço.
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Num documento assinado pelas duas estruturas partidárias é exigido ao Ministério da Saúde que "reconheça e dê prioridade absoluta à criação de condições condignas de funcionamento ao CHVNG/E".

O PSD exige que seja "incrementada uma melhoria imediata da qualidade de serviços prestados, assim como uma maior e melhor oferta na sua capacidade e diferenciação".

Os social-democratas reclamam, também, o início imediato das obras correspondentes à segunda fase de requalificação do centro hospitalar, que "permitirão a instalação de uma nova urgência, assim como um novo internamento de cirurgia com 25 camas e a conclusão do serviço de imagiologia, entre outras instalações técnicas e clínicas".

Esta posição surge no dia em que o diretor clínico e os diretores e chefes de serviço do CHVNG/E, num total de 52 clínicos, demitiram-se em protesto contra as "condições indignas" em que trabalham.

As estruturas do PSD apelam, ainda, à intervenção do grupo parlamentar social-democrata, considerando que o CHVNG/E "não deve ficar refém das constantes indefinições e boas graças de um qualquer titular da pasta da saúde", e expressam "solidariedade com todos os profissionais de saúde que exercem" neste equipamento de saúde.

O PSD acusa igualmente o Governo, liderado pelo socialista António Costa, de "inexplicável incompetência e irresponsabilidade", frisando que, em sentido oposto, os profissionais do CHVNG/E são "um exemplo de resiliência e de abnegação na prestação de cuidados de saúde de excelência nas mais diversas áreas clínicas, a mais de 700.000 beneficiários do Serviço Nacional de Saúde".

Na nota, os sociais-democratas frisam que as denúncias e alertas que hoje se concretizaram numa demissão em massa "têm sido suscitadas ao longo dos últimos dois anos, por responsáveis autárquicos, deputados, profissionais do setor, diretores de serviço, conselhos de administração, e recentemente por dirigentes políticos e por bastonários das diferentes ordens".

"Mas a resposta do Governo é sempre de total e completa passividade, sem adotar qualquer medida e sem dar uma única resposta para contrariar este estado de coisas", critica o PSD, acrescentando que esta situação acontece "após diferentes avanços e recuos sobre a construção de um novo hospital".

"[Esta] promessa foi assinada no Governo de José Sócrates para construção de um hospital de 400 milhões de euros, o Governo de Pedro Passos Coelho avançou com uma proposta de requalificação no valor global de 46 milhões de euros, dividida em três fases, com a primeira fase já concluída no valor de 12,6 milhões de euros e cofinanciada pelo 'overbooking' do QREN em cerca de 10 milhões de euros", adianta o comunicado conjunto do PSD/Porto e do PSD/Gaia.

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