Com a designação comercial de "Vyndaqel", o medicamento aguarda apenas que o Governo português o disponibilize através do Serviço Nacional de Saúde (SNS). .Este processo tem esbarrado em problemas financeiros, porque os laboratórios Pfizer, que adquiriram os direitos do fármaco, apontam que o tratamento de um doente com paramiloidose (PAF) seja de cerca de 130 mil euros por ano..Manuel Pizarro defende que o Governo "consegue negociar", podendo contornar esta dificuldade. Apesar de reconhecer as dificuldades económicas que o país atravessa, o deputado sublinha que o que se está em causa é "uma questão humanitária" e "o respeito pela vida humana". .Por isso, não deixa de apontar o dedo àquilo que apelida de "arranjos partidários lamentáveis", que têm surgido nos últimos dias, e que têm lançado a polémica em relação à eficácia do Tafamidis..Quem põe em causa a eficácia deste fármaco é "intelectualmente desonesto", porque está comprovado que "retarda o compromisso neurológico periférico em doentes com paramiloidose, no início dos sintomas", frisou. .O medicamento foi aprovado pela Agência Europeia de Medicamentos e Comissão Europeia e de Portugal, o que atesta a sua "eficácia e segurança", diz..Manuel Pizarro, que foi secretário de Estado adjunto da Saúde no Governo de José Sócrates, denunciou ainda que o número de doentes que precisa tomar este fármaco tem sido extrapolado. Em Portugal, há apenas cerca de "190 doentes que podem tomar o Tafamidis", um número que representa uma percentagem "mínima" na despesa do Estado..O deputado garantiu ainda que, na quarta-feira, vai questionar no Parlamento o ministro da Saúde sobre esta matéria.