Proteção civil avisa: Irma vai devastar parte dos EUA

Autoridades preocupadas com impacto do furacão que chegará hoje à noite ou amanhã à Florida e, apesar de ter passado a categoria 4, foi o mais forte registado no Atlântico
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O furacão Irma vai "devastar os Estados Unidos, na Florida ou nalguns dos estados do Sudeste. Não está em questão saber se a Florida vai ser atingida ou não, a questão é saber com que gravidade". O aviso foi ontem deixado pelo líder da US Federal Emergency Management Agency, FEMA, o equivalente à proteção civil portuguesa. Brock Long sublinhou que as pessoas devem deixar as áreas que receberam ordem de evacuação. "Têm de sair e fazer caso dos avisos. Posso garantir que ninguém na Florida alguma vez testemunhou algo semelhante àquilo que se prepara para atingir o Sul da Florida."

Apesar de ter passado de categoria 5 para categoria 4, o Irma permanece um furacão perigoso. Após passar por Cuba e Bahamas, feito mais de duas dezenas de mortos e semeado o caos e a destruição nas ilhas Turcas e Caicos, Barbuda, Anguilla, Porto Rico, Ilhas Virgens ou em Saint Barthélémy e Saint Martin, o Irma deverá chegar hoje à noite à ou amanhã à Florida. Também o presidente dos EUA alertou a população para que esteja preparada para o pior. "O furacão Irma é de uma proporção épica, talvez seja o maior que já vimos. Mantenham-se seguros e, se possível, saiam do seu caminho. O governo federal está pronto", escreveu Donald Trump no Twitter. Segundo os media norte-americanos, entre os locais que receberam ordem de evacuação está o resort de Trump de Mar-a-Lago. Este é o segundo furacão a atingir os norte-americanos em duas semanas, depois de o Harvey ter provocado 70 mortos no estado do Texas, tendo o governador Greg Abbott estimado os danos entre 150 e 180 mil milhões de dólares, ou seja, cerca de 150 e 125 mil milhões de euros.

Segundo a porta-voz da Organização Mundial de Meteorologia, ontem citada pela Lusa, o Irma foi o furacão mais forte de sempre no Atlântico com ventos de quase 300 km/hora registados e com mais energia do que as oito tempestades que aconteceram na região. "O Irma é o furacão mais forte registado no Atlântico até à data", disse Clare Nullis numa conferência de imprensa em Genebra. O Irma bateu vários recordes, entre os quais o de intensidade, ao manter por mais tempo que nenhum outro - 37 horas consecutivas - ventos de quase 297 quilómetros por hora. O recorde pertencia ao tufão Hayan, nas Filipinas em 2013, que teve ventos dessa velocidade durante 24 horas.

Segundo o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, não há registo de portugueses afetados pelo Irma e só houve "dois pedidos de apoio mais particular, que tiveram resposta imediata em Cuba". Os turistas em Cuba, precisou à Lusa, "foram deslocalizados para sítios mais seguros". Entretanto o furacão Jose, que se encontrava no Atlântico a 700 quilómetros a norte das Pequenas Antilhas, evoluiu para categoria 4, devendo chegar hoje às Caraíbas. Na zona do golfo do México continua também ainda ativo o furacão Katia de categoria 1.

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