Proposta de Paulo Tomás previa ajuda estatal de 80 milhões
No entanto, o projecto apresentado à Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), para além de não oferecer sustentabilidade financeira, "não tinha qualquer fundamento técnico", afirmou fonte oficial da AICEP.
Os 140 milhões de euros que João Paulo Tomás se comprometeu a reunir junto de um consórcio luso-alemão, que nunca foi identificado, "não tinha qualquer garantia associada", razão pela qual a AICEP chumbou a proposta e veio, na terça-feira, acusar o empresário de "criar falsas expectativas" junto dos 1.300 trabalhadores da Qimonda Portugal.
Confrontado com as críticas da AICEP, João Paulo Tomás disse apenas que "é a uma opinião e tenho de aceitá-la".
A comissão de trabalhadores da Qimonda saiu desiludida da reunião que manteve com o empresário na quarta-feira. "Foram-nos apresentadas ideias vagas", frisou Jorge Sousa, um dos elementos da Comissão Instaladora dos trabalhadores, ao mesmo tempo que se disse "desiludido", porque o projecto "não está sustentado nem tecnicamente nem financeiramente".
O empresário João Paulo Tomás comprometeu-se a "reformular a proposta que nos apresentou e vamos continuar a aguardar", sendo certo que os trabalhadores continuam a "lutar pela manutenção da unidade e de todas as pessoas que lá trabalham", disse.
Na altura, Paulo Tomás escusou-se a adiantar pormenores acerca da proposta que tem para a Qimonda de Vila do Conde, dizendo apenas que tem por detrás "quatro empresas alemãs" que estão ligadas à área dos "fotovoltaicos"
A proposta do empresário é comprar a totalidade da empresa de Vila do Conde por 220 milhões de euros e reconverter a fábrica para a produção de sistemas fotovoltaicos.