Prolongamento do IC5 aumentará "competitividade territorial" de Miranda do Douro
"Esta é uma pretensão antiga e pela primeira vez vemos inscritas as obras de prolongamento do Itinerário Complementar 5 (IC5) no Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030, desde Duas Igrejas, onde termina, até Miranda do Douro, numa extensão de cerca de dez quilómetros ", disse à Lusa Artur Nunes.
Para o autarca socialista de Miranda do Douro, o prolongamento do IC5 é uma forma de encurtar distâncias e de atrair mais gente ao território fronteiriço.
O facto de o IC5 não ter continuidade até à cidade de Miranda do Douro foi desde sempre uma forma de reivindicação de portugueses e espanhóis, principalmente junto à raia.
"Com este prolongamento ficamos a ganhar com diminuição da sinistralidade, na competitividade territorial e na diminuição do tempo de percurso até ao litoral, numa reivindicação que venho fazendo pelo menos desde 2009", vincou o autarca transmontano.
O autarca, que é também presidente da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes, pretende ver "priorizada" a continuação do IC5 para Espanha, ao abrigo do programa de ligações rodoviárias transfronteiriças.
"Agora, a prioridade deste e outros investimentos serão defendidos pelo Governo. No entanto, o facto de o IC5 estar incluído no PNI 2030 é uma boa notíciam até porque nunca constou em nenhum plano semelhante ", indicou Artur Nunes.
O Itinerário Complementar (IC5), que liga o A4 (junto ao Pópulo) a Duas Igrejas (Miranda do Douro), assume um papel de destaque, sendo encarado como "a espinha dorsal" da ligação entre o litoral português e o interior de Espanha.
O IC5 abriu ao tráfego automóvel a 02 maio de 2012, sendo um itinerário transversal que se desenvolve entre os distritos de Vila Real e Bragança, ligando Murça a Miranda do Douro, numa extensão aproximada de 132 quilómetros, servindo os concelhos de Murça, Alijó, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Alfandega da Fé, Mogadouro e Miranda do Douro (Duas Igrejas)).
Os representantes autárquicos dos concelhos servidos pela rodovia sempre apelaram ao longo dos anos, a que o IC5 fosse encarado como "uma via estruturante" e "vital" para o desenvolvimento transfronteiriço, via Miranda do Douro.