Proibidas 'manifs' junto a prisão onde está Timochenko

Timochenko foi condenada, em outubro de 2010, a uma pena de prisão de sete anos por abuso de poder na assinatura de fornecimento de gás russo à Ucrânia em 2009. No passado dia 30, foi transferida de uma prisão da capital para a colónia penal da cidade de Kharkov, no leste do país.

A proibição foi pedida pelas autoridades locais por considerarem que os apoiantes da líder da oposição ucraniana "brincam às guerras" e "sujam o local". As autoridades iniciaram obras nas ruas das imediações da prisão, onde tinham sido instaladas tendas por apoiantes de Timochenko.

O deputado Alexandre Turtchinov, vice-presidente do partido dirigido por Timochenko, justificou as manifestações por "as pessoas quererem apoiar Iúlia Vladimirovna (Timochenko), bem como trocar experiências com os activistas de Kharkov".

O presidente da câmara de Kharkov, Guennadi Kernes, respondeu: «Quero informar quem pretenda vir a Kharkov com intenções, como dizem, 'guerreiras'. Em Kharkov está tudo calmo, começou a primeira semana de trabalho do ano novo e as autoridades trabalham em prol de cada habitante da cidade. Considero inaceitável a fanfarronice do 'guerreiro' Turtchinov, que está convencido de que se pode comportar impunemente na cidade".

"Segundo as normas de higiene da cidade, garrafas vazias de champanhe, vinho e vodka, restos de sandes, embalagens de chocolate e cascas de tangerinas, restos de espetadas de carne, de que tanto gostam os apoiantes do Bloco de Iúlia Timochenko, junto dos muros da prisão, devem ser limpas", acrescentou.

Numa resposta às críticas dos advogados de defesa sobre as condições na prisão, o Serviço Penitencial da Ucrânia publicou fotografias da cela onde se encontra Iúlia Timochenko, frisando que "corresponde a todas as exigências europeias" e tem televisão, micro-ondas, frigorífico, máquina de lavar roupa, casa de banho com chuveiro.