Profissionais debatem futuro da rádio em Portugal

Diretores das principais emissoras nacionais estiveram presentes no Atmosphere Lounge, em Lisboa, para celebrar o 1.º Dia Mundial dedicado à radiodifusão.
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"A rádio foi o meio que melhor reagiu à crise. Encontro várias pessoas que falam com um grande entusiasmo sobre aquilo que ouvem na rádio". As palavras são do diretor da TSF, Paulo Baldaia, um dos profissionais deste meio de comunicação presentes na conferência organizada pelo ISCSP e realizada no Atmosphere Lounge, em Lisboa.

Já Pedro Ribeiro, diretor da rádio Comercial, salientou que "a rádio dá um bigode à televisão". "A televisão está a dormir. Não há outro meio que consiga criar afetos como a rádio. Ela fala-nos ao ouvido, a televisão não consegue fazer isso", acrescentou. Luis Montez, dono das rádios Amália, Oxigénio, Radar e Nostalgia, sustentou que a rádio é o meio que, por excelência, promove uma forte interação com os ouvintes.

Sobre o presente e o futuro da rádio, Nélson Ribeiro, diretor da Renascença, frisou que este tem sido o meio que "mais tem crescido nos últimos tempos", dando a título de exemplo os Estados Unidos onde a rádio bateu recordes de audiência.

Menos otimista mostrou-se Fernando Alvim, animador da Antena 3, ao considerar que a rádio "está muito pouco criativa" por causa da fuga dos seus bons profissionais para a televisão. Paulo Baldaia referiu ainda que, no futuro, "cada vez menos pessoas vão trabalhar em rádio" porque "haverá a necessidade de torná-la cada vez mais barata".

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