Professora suspensa por conversa sobre orgias sexuais
Apesar de não ser da sua competência, durante cerca de uma hora, uma professora de História da Escola Básica 2,3 Sá Couto, de Espinho, fala de intimidades sexuais na sala de aula (a crianças com idades compreendidas entre os 12 e os 13 anos) e descreve, de forma grosseira, as transformações físicas que ocorrem durante a adolescência. Perante a reacção de alguns alunos, que a confrontaram com o facto, a professora terá ameaçado a turma com processos disciplinares para quem apresentasse queixa contra ela.
Uma gravação áudio, efectuada por uma das alunas presentes, acabou no entanto por chegar ao Concelho Executivo da escola pela mão de alguns encarregados de educação, chocados com o modo como a professora abordou o tema da sexualidade na sala de aula, que apresentaram queixa contra a docente. Confrontada com a queixa, a professora de História terá começado por negar tudo mas ao ser confrontada com a gravação acabou por se mostrar arrependida.
Os pais apresentaram queixa na PSP por injúrias, calúnias e ameaças e a professora acabou por ser suspensa.
A presidente do Conselho Executivo da escola, Noémia Brogueira, disse hoje à Lusa que adoptou aquele procedimento na sequência das queixas que recebeu "recentemente" de duas encarregadas de educação de alunas da turma.
Noémia Brogueira explicou ainda que já foi designado um inspector para o processo disciplinar e disse esperar que o caso seja "rapidamente" esclarecido.