Prisão preventiva de Sócrates vai custar ao Estado mais 4500 euros

Se José Sócrates tivesse concordado com a pulseira electrónica, o Estado gastaria apenas 1520 euros até 9 de setembro, data em que a medida de coação será reavaliada. Assim gastará três vezes mais.
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A prisão preventiva de José Sócrates vai custar ao Estado três vezes mais do que a medida de coação inicialmente proposta pelo Ministério Público de permanência na habitação com pulseira eletrónica. Feitas as contas, se um arguido com obrigação de permanência na habitação com pulseira tem um custo de 16 euros por dia, um recluso a cumprir pena ou preso preventivamente num estabelecimento prisional já custa 48 euros diários. Concretizando: até ao dia em que a medida de coação de José Sócrates for reavaliada, a 9 de setembro, o Estado irá gastar quase 4500 euros só com o ex-primeiro-ministro. Valor que seria bem mais baixo caso o arguido tivesse concordado com a vigilância eletrónica. No total seriam apenas 1520 euros.

Ainda assim, são valores bem mais baixos do que o erário público teria de gastar caso a opção do Ministério Público e do juiz de instrução criminal Carlos Alexandre passasse por uma permanência na habitação vigiado 24 horas por um agente da PSP. No total - e dependendo do valor do ordenado dos agentes destacados - o custo rondaria entre os 204 e 306 euros por dia, contabilizando um total (neste caso concreto) de 18 mil a 28 mil euros pelos mais de 90 dias em que Sócrates ficará com a medida de coação ontem decidida. Neste caso, seriam necessários oito agentes com turnos de seis horas cada um.

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