Primeira refeição de Sócrates foi cozido à portuguesa

Os guardas levaram-lhe o tabuleiro à cela. O ex-primeiro-ministro aceitou o prato do dia na cadeia de Évora
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José Sócrates, que deu entrada na cadeia de Évora pelas 3.00 da manhã, não recusou o almoço de cozido à portuguesa que era hoje o prato do dia na prisão. O DN apurou que a refeição do preso número 44 foi-lhe levada num tabuleiro à cela individual onde se encontra, desde esta madrugada, a cumprir a medida de prisão preventiva decretada pelo juiz Carlos Alexandre na "Operação Marquês".

O ex-primeiro-ministro foi levado para a cadeia de Évora, um estabelecimento prisional adequado a membros das forças de segurança, militares e magistrados.

Já José Sócrates seguiu para a cadeia de Évora. Perto da meia-noite, a direção da prisão alentejana, indicada para membros das forças de segurança, militares e magistrados, recebia ordens para acolher o antigo primeiro-ministro, apurou o DN com fontes prisionais.

A decisão colheu de surpresa o setor das cadeias. A interpretação que fontes prisionais deram ao critério usado pelo juiz Carlos Alexandre foi por ser completamente inédita a detenção de um antigo chefe de governo em Portugal. Como tal, a solução encontrada terá sido a de enviar Sócrates para o estabelecimento mais adequado ao seu estatuto. No caso, uma cadeia onde apenas se encontram 40 presos, todos antigos polícias, militares ou magistrados.

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