A primeira década deste século foi a mais quente desde que há registos, com condições meteorológicas extremas que provocaram a morte a mais de 370 mil pessoas, afirmou hoje a agência das Nações Unidas para o clima..Entre 2001 e 2010, ambos os hemisférios registaram as temperaturas mais quentes desde que começaram a ser registadas, em 1850, e esta década foi também a segunda mais húmida desde 1901, segundo um relatório da Organização Meteorológica Mundial.."O aquecimento global acelerou entre 1971 e 2010 e o ritmo de aumento entre 1991-2000 e 2001-2010 foi sem precedentes", afirmou em comunicado o diretor da organização, Michel Jarraud..O responsável atribuiu estes valores às concentrações de gases que provocam o efeito de estufa e afirmou que estão a mudar o clima mundial, com consequências para o ambiente e os oceanos, "que estão a absorver quer dióxido de carbono quer calor"..As inundações foram o fenómeno meteorológico extremo mais comum durante a década, tal como as registadas no Paquistão em 2010, que mataram duas mil pessoas e afetaram 20 milhões. .No entanto, graças a sistemas de alerta mais eficazes, o número de pessoas mortas em inundações diminuiu 43 por cento durante a década e o número das que morreram devido a tempestades caiu 16%..Apesar disso, mais de 370 mil pessoas morreram na primeira década do século XXI, mais 20% do que na década anterior, um aumento explicado pelas ondas de calor registadas na Europa em 2003 e na Rússia, em 2010, que provocaram 136 mil mortes, em comparação com as seis mil da década anterior..O relatório inclui dados de 139 países, que permitem concluir que quase 94 por cento das nações tiveram a sua década mais quente entre 2001 e 2010..Aparte 2008, todos os anos da década estão entre os dez anos mais quentes registados.