Reforma A fraca rentabilidade das ambulâncias de suporte imediato de vida do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a necessidade pacificar as relações laborais são as primeiras tarefas do novo presidente da estrutura Miguel Soares de Oliveira. O dirigente, que ontem já esteve em reuniões no organismo, pretende ter um maior desempenho nas transferências entre hospitais. .A decisão de afastar Abílio Gomes da direcção do INEM foi tomada em finais de Agosto, mas só ontem foi conhecida. Surge depois de um ultimato do Ministério da Saúde, para que fossem resolvidos "alguns estrangulamentos no instituto", o que não aconteceu, disse ao DN fonte do gabinete da ministra..Em causa estava, por exemplo, a polémica entre os técnicos de emergência médica e a directora de recursos humanos do INEM sobre as horas extraordinárias em dívida. O Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE) pediu mesmo a demissão de Anabela Veríssimo devido a um diferendo em torno da devolução de um subsídio de turno pago indevidamente pelo INEM. .O STAE acordou com o MS "um acerto de contas pelo pagamento indevido do subsídio aos profissionais, que seria depois compensado com as dívidas com horas extraordinárias. Mas a directora de recursos humanos do INEM exigiu ao sindicato a devolução do valor do subsídio", disse a mesma fonte. O que levou o STAE acusar a responsável de "desobedecer a uma ordem do secretário de Estado". .De saída estará ainda Ramiro Figueira, que era responsável pela direcção dos serviços de emergência médica onde "tem havido elevadas taxas de inoperacionalidade de meios". Aliás no comunicado em que justificou a demissão do presidente do INEM, o MS lembrou que em causa está o reforço de meios na restruturação das urgências, porque apesar do aumento das viaturas de emergência "existe uma alta percentagem de inoperacionalidade".