Presidente da FIFA diz que seria injusto Messi retirar-se sem ganhar um Mundial

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, disse hoje que "seria injusto" Lionel Messi retirar-se sem ter ganhado um Mundial e assegurou que o capitão da seleção argentina é um dos "atores principais e absolutos do futebol atual".
Publicado a
Atualizado a

Numa entrevista ao diário 'La Nacion', da Argentina, Infantino afirmou que o craque do FC Barcelona "é extraordinário" e que, "tal como Diego Maradona, marcou uma época".

"Os anos 80 e 90 foram de Maradona, estes últimos dez foram de Messi. Maradona ganhou um Mundial. Messi tem de ganhar um também", insistiu o presidente da FIFA.

Estas declarações surgem a 24 horas da seleção argentina enfrentar em Quito um jogo decisivo para a qualificação para o Mundial2018, na Rússia, frente ao Equador.

Questionado se seria uma injustiça Messi, de 30 anos, retirar-se sem ganhar um Mundial, Infantino sorriu e respondeu sem hesitar: "Sim, seria injusto. É certo que só ganha um Mundial quem o merece. É preciso ver quem o merece mais em 2018 e 2022. Há muitos grandes jogadores que não ganharam um Mundial, há muitos jogadores que não foram tão grandes que o ganharam. É isso a beleza do futebol".

A alusão ao Mundial 2022 por parte de Infantino foi propositada, porque acredita que Messi lá chegará: "Quando o vemos jogar parece que ninguém lhe pode tocar. Nunca se lesiona. E é tão rápido que, mesmo que o queiram apanhar, não conseguem".

"Messi é um dos atores principais e absolutos do futebol de hoje, alguém que namora a bola e joga de forma absolutamente incrível", disse Infantino, que não se esqueceu de Maradona, estando ele a ser entrevistado para um órgão de comunicação argentino.

Confessou que a primeira vez que viu 'El Pibe' em ação foi pela televisão, no Mundial de 1982, conquistado pela Itália.

"Não foi o seu melhor Mundial, mas fiquei logo arrebatado pelo seu talento", confidenciou o dirigente ítalo-suíço, que lidera o organismo máximo do futebol mundial desde 26 de fevereiro de 2016, lembrando que Maradona, "um futebolista absolutamente incrível pelo fez no Nápoles e pela seleção alvi-celeste", hoje em dia, colabora com a FIFA depois de anos de costas voltadas

Infantino recordou que Maradona "não só marcava a diferença como ganhou títulos praticamente sozinho", a ponto de o qualificar como 'mágico', alguém que "deve ser respeitado por todos pelo que fez pelo futebol, que foi muito mais do que qualquer dirigente ou presidente".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt