Prémio Nacional de Ilustração alarga-se a obras ilustradas para todos leitores
O Ministério da Cultura decidiu rever o regulamento do Prémio Nacional de Ilustração, criado há mais de 20 anos, para responder ao "grande salto qualitativo na edição de livros ilustrados" em Portugal, como se lê no despacho publicado hoje em Diário da República.
Uma das alterações é o reforço do valor monetário, que passa de 5.000 euros para 10.000 euros, para o ilustrador premiado.
Outra das novidades é que o prémio poderá distinguir livros de ilustradores portugueses publicados no estrangeiro e obras ilustradas "dirigidas a todo o tipo de leitores".
"A ilustração traz ao livro um suporte visual que ajuda a captar múltiplos sentidos e transporta os leitores para um universo pictórico, estético e maravilhoso", sustenta o Ministério da Cultura.
Com caráter anual, o prémio mantém ainda a atribuição de outros 1.500 euros tanto ao premiado como às menções honrosas para custear despesas de deslocação à Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha (Itália), considerada uma das mais importantes na área do livro ilustrado.
O Prémio Nacional de Ilustração é atribuído pelo Ministro da Cultura através da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas.
O prémio foi atribuído pela primeira vez em 1996 à autora e ilustradora Manuela Bacelar, pelo livro "A sereiazinha", de Hans Christian Andersen.
Depois dela, foi reconhecido o trabalho de ilustradores como André Letria, Cristina Valadas, Alfredo Martins, Bernardo Carvalho, Madalena Matoso, Yara Kono, Henrique Cayatte, Ana Biscaia, Afonso Cruz e, na última edição, Fátima Afonso.
Teresa Lima foi a única ilustradora que recebeu o prémio por duas vezes, em 2006 com "Histórias de animais", de Rudyard Kipling, e em 1998 com "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll.