Prémio Mies: Conheça os cinco finalistas

O prémio Mies van der Rohe de arquitetura é este ano entregue a um coletivo de arquitetos holandeses com um programa de habitação. Conheça todos os cinco finalistas
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Bloco de apartamentos de Kleiburg
Amsterdão, Holanda
Ano: 2016
Arquitetos: Walter van Dijk, Pieter Bannenberg, Kamiel Klaase e Xander Windsant (NL Architects/XVW Architectur)
Programa: Habitação

Intervenção feita num bloco de apartamentos dos anos 60, o último conjunto de um complexo habitacional que tinha como destino a demolição. Após um intenso debate social, que envolveu a comunidade local, o edifício de betão, com 400 metros de comprimento e 500 apartamentos, foi alvo de uma intervenção. Toda a estrutura original foi renovada - elevadores, galerias, áreas públicas - mas os apartamentos foram deixados inacabados e sem assoalhadas definidas - sem cozinha, casa de banho sala ou quartos. A ideia dos arquitetos é humanizar a arquitetura e desenvolver um novo modelo de negócio na habitação, em que os construtores entregam as casas a custos mais baixos e permite ao futuro morador finalizar a casa de acordo com as suas necessidades, gostos e orçamento.

Kannikegården
Riba, Dinamarca
Ano: 2015
Arquitetos: Lene Tranberg e Boje Lundgaard
Programa: Cultural e social

Ergue-se no centro de uma das cidades medievais mais bem preservadas da Dinamarca, mesmo ao lado da catedral. O edifício tem funções de apoio à igreja e acolhe eventos culturais, como concertos, debates e projeções de cinema.Durante os trabalhos de construção, foram descobertos mais vestígios arqueológicos que revelaram um cemitério de 800 AC, do período de transição dos Vikings para o Cristianismo. Esta ruína foi integrada no projeto. O edifício distingue-se pelo enorme telhado pontiagudo suportado por pilares que envolvem toda a zona do antigo cemitério. A zona musealizada é fechada com vidro, a zona superior do edifício é revestida a tijolo vermelho e desenvolve-se em dois pisos.

Ely Court
Londres, Reino Unido
Ano: 2015
Arquiteta: Alison Brooks
Programa: Habitação

A arquiteta britânica Alison Brooks interveio na zona de South Kilburn requalificando um conjunto de edifícios de habitação social dos anos 60, com 43 apartamentos, resolvendo os problemas habitacionais e sociais com uma arquitetura de qualidade a preços controlados. Foram também criadas zonas sociais e zonas públicas, como um jardim e parque infantil.

Memorial de Rivesaltes
Rivesaltes, França
Ano: 2015
Arquiteto: Rudy Ricciolti
Programa: Cultura

Uma estrutura de betão em tons ocre, quase totalmente enterrada, que guarda no seu interior o museu memorial de Rivesaltes. O edifício foi construído em "silêncio" no lugar do antigo campo de concentração de Joffre. O espaço não oferece vistas para o que resta da estrutura militar no exterior, apenas sendo possível ver o céu. O espaço de memória desenvolve-se ao longo de 240 metros, no subsolo.


Museu Katyn
Varsóvia, Polónia
Ano: 2015
Arquitectos: Jan Belina-Brzozowski, Konrad Grabowiecki, Jerzy Kalina e Krzystof Lang
Programa: Cultura

Um museu que evoca um episódio doloroso da história da Polónia durante a II Guerra Mundial, em que mais de 20 mil militares polacos foram assassinados pela polícia secreta soviética. O edifício foi implantado num parque público. Nas arcadas de betão estão os nomes de todos os oficiais assassinados e foram decalcados alguns elementos pessoais das vítimas, como cartas e munições.

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