PR pede unidade e trabalho para desenvolver país
Taur Matan Ruak discursava em Same, perante milhares de pessoas, por ocasião do 37º aniversário da proclamação unilateral da independência do país e do centenário da revolta de Manufahi, dedicados ao tema unidade e reconciliação nacional.
"A unidade do povo foi a condição estratégica da vitória e da restauração da independência. Hoje, a unidade continua a ser condição estratégica para o êxito do nosso desígnio nacional e a construção do futuro", afirmou o chefe de Estado timorense.
Segundo Taur Matan Ruak, para o país vencer as "novas batalhas" é preciso "tempo, unidade de propósito e o trabalho de todos".
"As tarefas que temos pela frente não aparecem feitas sozinhas. Todos os cidadãos têm de contribuir", salientou.
Para o Presidente timorense, os investimentos feitos na educação e saúde só vão atingir os objetivos previstos se houver "mobilização das famílias para apoiar a educação das crianças".
"Em 2013, vamos ter próximo de mil médicos timorenses a trabalharem em todo o território nacional, mas sem a mobilização das famílias, não é possível reduzir os mosquitos e as picadas, nem garantir a limpeza das casas e do ambiente das aldeias para reduzir as doenças e melhorar a saúde da população", disse.
No discurso, o Presidente explicou também à população que o "povo não é simples espetador do desenvolvimento do país".
"O povo tem de tornar-se o autor e responsável do processo de desenvolvimento ao serviço da comunidade. Precisamos de trabalhar com honestidade e viver com simplicidade", afirmou.
Timor-Leste celebra hoje em Same, no distrito de Manufahi, a cerca de 100 quilómetros a sul de Díli, os 100 anos da revolta de Manufahi e os 37 anos de proclamação unilateral da independência pela Fretilin, uma semana antes da invasão indonésia.
A revolta de Manufahi teve início no Natal de 1911, depois da morte do comandante militar de Same, o tenente português Luiz Álvares da Silva, a mando do rei de Manufahi, Boaventura da Costa Sottomayor.
Nas cerimónias participaram além dos membros do governo e corpo diplomático, o Presidente de Cabo Verde, Jorge Fonseca, e o ministro dos Transportes de Moçambique, Paulo Zucula.