PR japonês quer reforçar laços de cooperação e amizade em visita à China
Abe declarou que o Japão e a China são responsáveis pela paz e prosperidade da região, as quais espera manter ao impulsionar o intercâmbio entre os dois países.
O primeiro-ministro japonês irá reunir-se com o Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, durante a sua visita de três dias à China.
"Amanhã (quinta-feira) irei visitar a China", declarou Abe, sublinhando que durante a cimeira diplomática irá aprofundar "os intercâmbios entre os dois povos em todos os níveis de atividades, desde a cooperação entre empresas até o desporto".
A visita de Abe à China acontece no momento em que os dois países celebram o 40.º aniversário do Tratado de Paz e Amizade Japão-China.
Em maio, o primeiro-ministro chinês também fará uma visita ao Japão.
Shinzo Abe espera fazer progressos nas áreas da segurança marítima e no contencioso sobre as reservas de gás no Mar da China Oriental.
Os líderes devem ainda discutir a questão da Coreia do Norte e as disputas comerciais entre Estados Unidos e China.
O primeiro-ministro japonês abriu a nova sessão parlamentar depois de ser reeleito no mês passado para a chefia do seu partido (Partido Liberal Democrata/PLD), que lidera o Governo japonês.
Com 64 anos, Abe é o primeiro-ministro do Japão desde dezembro de 2012 e está determinado a permanecer como líder do país por mais três anos.
No seu discurso, Abe também disse que quer encerrar questões diplomáticas inacabadas da II Guerra Mundial, normalizar os laços com a Coreia do Norte, resolver disputas territoriais e assinar um tratado de paz com a Rússia.
"Agora, é a hora de o Japão abreviar a sua diplomacia do pós-guerra e construir a base da paz e da prosperidade da região da Ásia-Pacífico numa nova era", disse.
O primeiro-ministro também falou sobre a sua principal ambição de rever a constituição pacifista elaborada pelos Estados Unidos após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, embora os obstáculos para o fazer sejam bastante grandes.
Abe também se comprometeu a aceitar mais trabalhadores estrangeiros para enfrentar uma grave escassez de mão-de-obra no país.
O seu Governo está a preparar uma nova legislação que abriria mais empregos para estrangeiros nas áreas da enfermagem, construção, turismo, limpeza, entre outras.
É uma grande mudança para um país que há muito tempo tem resistido a ter mais residentes não-japoneses.