Portugueses estão menos expostos a fumo passivo

Portugal é o sexto país da UE com menor exposição ao fumo passivo. Um resultado que foi ontem salientado pelo Director-Geral da Saúde, Francisco George, durante a sessão inaugural do Congresso Português de Cardiologia. "Somos dos países com menor risco relacionado com o fumo passivo".
Publicado a
Atualizado a

No âmbito da avaliação da lei do Tabaco, cujo relatório de três anos foi recentemente entregue à Assembleia da República, Francisco George destacou os bons resultados. "Se não se demonstrasse ganhos nesta área, os deputados teriam legitimidade para alterar a lei ou até mesmo revogá-la. Sem benefícios não fazia sentido manter uma lei que limita a liberdade de cidadãos em espaços públicos". Na opinião do especialista, a lei tem sido benéfica em várias matérias. "Pela primeira vez em 16 anos tivemos uma redução dos internamentos relacionados com episódios de enfarte do miocárdio, tal como se verificou em Itália".O rumo futuro da lei não exclui uma maior restrição. "A partir de cinco de Junho os deputados irão aprovar o relatório e definir o rumo a dar no sentido de reduzir a prevalência dos fumadores".Francisco George realçou ainda que os hábitos e estilos de vida têm vindo a ser alterados, nomeadamente no que diz respeito às crianças: "As famílias passaram a fumar menos dentro dos carros e mais longe das crianças em casa, em janelas ou em varandas".Na sessão de abertura, o presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Manuel Antunes, destacou os trabalhos da sociedade nos dois anos em que a presidiu. Uma das questões que defendeu foi a necessidade de reforçar o diálogo da cirurgia cardiotorácica com a cardiologia. Ontem foram ainda assinados protocolos de colaboração entre a Sociedade Portuguesa de Cardiologia e a Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos e Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt