Portugueses aplicaram 3,3 mil milhões em PPR

Enquanto os seguros de vida ganham peso nos PPR, a produção de seguro directo está em decréscimo
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Os portugueses aplicaram 3,3 mil milhões de euros, em 2009, em planos poupança-reforma (PPR), contra 2,4 mil milhões de euros (um aumento de 37,5%) face ao ano anterior. Apesar da redução de benefícios fiscais de que estes produtos foram alvo, continuam a ser um dos instrumentos de poupança preferidos.

De acordo com o relatório e contas do Instituto de Seguros de Portugal (ISP) do ano passado, publicado na passada sexta-feira em Diário da República, a modalidade de seguro PPR, em contraponto às outras formas de contratação, ou seja, fundo de investimento e fundo de pensões, ganha cada vez mais peso. No final do ano passado, os PPR comercializados sob a forma de seguro correspondiam a 88,7% do total, atingindo prémios de 3,1 mil milhões de euros, um crescimento de 28% face a 2008.

No que respeita aos volumes globais dos PPR sob gestão, independentemente da sua forma de contratação, as aplicações dos portugueses nestes produtos ultrapassavam os 15 mil milhões de euros, mais 11,6% que em 2009, devido exclusivamente ao acréscimo verificado nos seguros de vida.

O ISP destaca ainda o decréscimo de 5,4% do volume de produção de seguro directo em Portugal, que atingiu os 14,5 mil milhões de euros.

Neste tipo de seguros, todos os ramos e modalidade apresentaram queda face ao ano anterior. No ramo Vida e nomeadamente nos seguros contabilizados como contratos de investimento, a redução foi de 5,9%.

Igualmente no ramo Não Vida, a produção do seguro directo caiu 4,2% no ano passado. Tal ficou a dever-se à queda de 7,6% no ramo automóvel e na modalidade de acidentes de trabalho (menos 9,1%).

O ramo automóvel tem vindo a perder peso de forma sustentada na produção seguradora, passando de uma quota de 45,8% em 2007, para 41,9% no ano passado.

De salientar ainda que em matéria de custos com sinistros de seguro directo, no que respeita às empresas sob controlo do ISP, estes apresentaram uma diminuição de cerca de 15% face a 2008, devido essencialmente a uma redução do ramo Vida e a inversão no comportamento das taxas de resgate.

Já no que respeita ao ramo Não Vida, onde domina o automóvel, os custos com sinistros caíram apenas 2,5%.

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