Portugal precisa de acolher mais 1010 refugiados até outubro
#fazemosPARte é o nome do movimento lançado pela Plataforma de Apoio aos refugiados (PAR), "com o objetivo de despertar novamente as atenções para a necessidades de criar uma cultura de acolhimento e de integração de famílias de refugiados na sociedade portuguesa", diz a organização em comunicado.
Esperam com a iniciativa encontrar pessoas e instituições que possam receber mais 1010 refugiados, dos quais 340 serão acolhidos pela PAR através das organizações que já a constituem, chamadas de "instituições anfitriãs".
À instituição anfitriã compete providenciar habitação, alimentação e vestuário, acesso à saúde e à educação, a aprendizagem do português e apoio no mercado trabalho. E, como o Governo se comprometeu a receber mais 1010 refugiados ao abrigo do Programa de Reinstalação das Nações Unidas, para as pessoas que se encontram em campos de acolhimento da Turquia e do Egito e que já têm o estatuto de asilo político, os responsáveis da PAR decidiram lançar um novo apelo à sociedade civil.
André Costa Jorge, diretor do Serviço Jesuíta aos Refugiados Portugal e o novo coordenador da PAR, explica: "Estamos a desafiar vários nomes enquadrados nos mais diversos setores da atividade a usarem as suas plataformas, canais e espaços de opinião para dar voz à crise de refugiados e reforçar a necessidade de um esforço conjunto para melhorar o processo de acolhimento e integração, bem como fazer apelos de contribuição e participação, utilizando a hashtag: #fasemosPARte".
A PAR foi criada há três anos "para minimizar o impacto da grave crise humanitária que se vive desde 2015 a nível mundial".
Portugal acolheu 1548 pessoas ao abrigo de Programa de Recolocação da UE - 1192 transferidas da Grécia e 356 da Itália. A esta iniciativa, juntou-se o Programa de Reinstalação da ONU e que, entre dezembro de 2018 e março de 2019 trouxe 127 refugiados do Egito. Em abril, iniciou-se a fase de acolhimento a partir da Turquia e Portugal já receber 30 destes migrantes.
A par daquele mecanismo de apoio aos migrantes deslocados. Portugal tem acolhido estrangeiros resgatados por barcos humanitários. E, em março, assinou um acordo com o governo grego para receber mais 100 cidadãos que se encontram deslocados neste país.