Portugal nas franjas da acção europeia

A justiça portuguesa condenou ontem a penas de prisão vários arguidos do movimento <em>skinhead</em>, acusados de discriminação racial, nomeadamente Mário Machado, líder do grupo de extrema-direita <em>Hammerskins</em>. A sentença foi muito criticada pelo dirigente do Partido Nacional Renovador (PNR), José Pinto Coelho , que se referiu a um "processo político".
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 Machado e Coelho dão a cara pela extrema-direita portuguesa, que não passa de um movimento sem expressão eleitoral, apesar de tudo com visibilidade desproporcionada.

Os partidos extremistas desta corrente nunca tiveram votações importantes em Portugal e mostram dificuldade em reunir assinaturas suficientes para a legalização.

O recrutamento dos militantes faz-se geralmente nas claques de futebol e, em termos ideológicos, estas formações estão activas em certos blogues na Inter-net.

A mensagem política é esquemática, com o destaque para o tema da imigração e da raça, além de um feroz anti-europeísmo.

O PNR tem ligações aos skinheads da Frente Nacional (Hammerskins) e possui origens mais remotas noutra formação, o MAN (Movimento de Acção Nacional).

A extrema-direita portuguesa afirma ser nacionalista e recusa as acusações de racismo.

A Constituição proíbe organizações de ideologia fascista ou racistas. Em Portugal, nos últimos anos, a acção da extrema-direita tem sido sobretudo matéria de polícia, com alguns crimes na década de 90.

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