Portugal mantém nível de alerta
"Falei com a minha colega espanhola Mercedes Vinuesa que me confirmou este caso e adiantou que a situação está controlada, no sentido de poderem surgir novos casos. O nível alerta em que estamos mantém-se", disse ao DN o diretor Geral da Saúde, Francisco George.
O responsável adiantou que já hoje o grupo que coordena o plano nacional, que inclui além da Direção Geral da Saúde (DGS) o INEM, o Instituto Nacional Ricardo Jorge - onde funciona o laboratório nacional que faz os testes de despiste da infeção - o chefe das Forças Armadas da área da Saúde esteve reunido.
Portugal tem três hospitais preparados para receber eventuais casos de ébola: o Curry Cabral e o hospital D. Estefânia, ambos em Lisboa, e o S. João no Porto. Até ao momento registaram-se quatro casos suspeitos, mas nenhum se confirmou.
Entretanto, existem vários laboratórios a produzir vacinas e outros medicamentos experimentais para responder à epidemia. "Existem uma série de produtos experimentais que estão a ser produzidos na Europa e ainda o ZMapp [o primeiro medicamento experimental a ser usado em humanos e que foi dado ao missionário norte-americano que ficou sem a doença] a que o governo espanhol poderá recorrer", disse ao DN Jaime Nina, do Instituto de Medicina Tropical, sobre a possibilidade de a doente espanhol poder ter acesso a medicação.
O laboratório britânico GSK é um dos que está a desenvolver uma vacina contra o vírus, que até ao momento não tem cura. A Organização Mundial de Saúde espera que milhares vacinas possam estar disponíveis no início do próximo ano.
O último balanço da Organização Mundial de Saúde, feito a 3 de outubro, dá conta de 7470 casos de ébola e 3431 mortes nos três países mais afetados pelo surto e que são a Libéria, Serra Leoa e Guiné Conacri.