Portugal e Togo querem criar programa conjunto de cooperação económica e política
\tA intenção foi manifestada pelos chefes da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, e togolesa, Robert Dussey, que se deslocou a Portugal dias após o início das ligações aéreas diretas entre Lisboa e Lomé, garantidas pela TAP Air Portugal, com o intuito de impulsionar a cooperação bilateral.
\tPara Santos Silva, a abertura da nova ligação entre as duas capitais, que terá uma frequência de quatro voos semanais, duas delas via Acra (Gana), "abre portas" ao reforço das relações entre os dois países.
\tAdmitindo que as trocas comerciais são ainda incipientes, Santos Silva mostrou a disponibilidade de Portugal em elaborar um programa de cooperação que vá ao encontro das vontades das autoridades togolesas.
\tNo mesmo tom falou o homólogo togolês, que afiançou que as relações políticas entre os dois Estados são já "excelentes" e que pretende, para já, criar incentivos para que as pequenas e médias empresas portuguesas possam investir no Togo, nomeadamente no setor da construção e da agricultura.
\t"Queremos conhecer o modelo agrícola português e aproveitar a experiência de Portugal em vários setores", indicou Robert Dussey, lembrando que Portugal já tem empresas no Togo, destacando a Somague, que trabalha na reconfiguração do porto de Lomé.
\tSobre as ligações aéreas diretas entre Lisboa e Lomé, iniciadas segunda-feira, Robert Dussey, que visitou Portugal pela segunda vez, considerou-as "importantes", tendo sublinhado que, por vontade das autoridades togolesas, os voos deveriam ser todos os dias.
"Queremos os voos diretos todos os dias. Aproveito para pedir ao ministro (português) que passe esta mensagem à administração da TAP", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do Togo, país que detém a presidência rotativa da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Neste quadro, Santos Silva saudou a postura de apoio à paz e estabilidade regional por parte das autoridades de Lomé, lembrando que o Togo tem tido um papel "muito interventivo" no quadro das relações da CEDEAO com as uniões Africana (UA) e Europeia (UE).