Portugal e o mundo (em) português
Ao longo desta semana decorrerá a 12ª Conferência do Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa. O evento terá lugar na Universidade de Cabo Verde, Cidade da Praia, em Santiago. Esta edição estará subordinada aos desafios do ensino superior em novos contextos sociais e geopolíticos.
Associando-se ao 16º aniversário da Universidade de Cabo Verde, são esperados participantes oriundos de instituições de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor.
Desde 2014 que tenho o apanágio de presenciar as Conferências Anuais do Fórum bem como da sua Academia, do Lubango a Campinas, de Coimbra a Brasília, de Luanda a Lisboa ou mesmo enquanto coorganizador, conjuntamente com a Universidade de Évora.
Por isso é com à vontade e conhecimento de causa que legitimo a validade deste Fórum e o seu papel muito relevante para a língua de Camões. O mesmo é um instrumento indubitável de promoção e aproximação da comunidade académica, com especial enfoque nos decisores da política educativa e nos membros dos órgãos de gestão das instituições de ensino superior, seus administradores, docentes e investigadores.
O Fórum tem permitido criar oportunidades cada vez mais importantes para refletir sobre alguns dos temas estruturantes do ensino superior, assumindo-se como um espaço de cooperação, partilha, aprendizagem e investigação de referência.
As Conferências anuais deste encontro contêm uma sessão inaugural e de encerramento, sessões plenárias, fóruns dos eixos da Academia FORGES e ainda reuniões paralelas onde são apresentadas e debatidas comunicações submetidas pelos conferencistas. Nessas, debater-se-ão temas tão diversos como os Novos Contextos Sociais e Geopolíticos; Sustentabilidade; Ensino e Investigação ou Acesso, Diversificação e Internacionalização, todos no âmbito do Ensino Superior.
No mesmo mundo onde cada vez mais o conceito de "aldeia global" ganha dimensão, prevalecem iniquidades imensas que necessitam ser esbatidas. Uma das formas mais eficazes para melhorar o modelo de ação quotidiano passa por interiorizar as boas práticas, sobretudo através da partilha.
Em jeito de conclusão, a educação é uma das únicas garantias para a melhoria da qualidade de vida das gerações vindouras. Nunca será demais recordar Mandela e a sua máxima: "a educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo." Pois que seja usada sem restrições quando se trata do bem comum e da garantia de um futuro verdadeiramente coletivo.