Portugal decide compra de vacina em Abril

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O nome da vacina que vai integrar o Plano Nacional de Vacinação (PNV) será conhecido em Abril, de acordo com a Direcção-Geral da Saúde. "O concurso vai abrir em breve", garante a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas, uma vez que a fase preparatória está concluída.

Em concurso estão duas vacinas, a Gardasil e a Cervarix, dos laboratórios Sanofi Pasteur e GlaxoSmithKline. São diferentes e têm, por isso, preços distintos. Uma delas é quadrivalente, protegendo contra quatro estirpes de papiloma vírus humano distintos. A outra é bivalente e serve de protecção apenas para duas estirpes. O facto de serem produtos com custos e benefícios diferenciados tem sido uma das razões para que a sua avaliação e os concursos tenham sido mais demorados.

Depois de meses de pressão, a inclusão da vacina no PNV foi decidida em Novembro pelo Ministério da Saúde, que decidiu avançar com e inscrevê-la no Orçamento do Estado para 2008. E e deverá arrancar já em Setembro, com a imunização de 55 mil jovens de 13 anos, o que vai implicar um investimento estatal de cerca de 15 milhões de euros. Em 2009, a vacinação irá recair sobre as jovens nascidas em 1996 e, em 2010, serão protegidas as que nasceram em 1997. Entre 2009 e 2011 está também prevista a imunização das raparigas que tenham completado 17 anos.

A primeira vacina a entrar no mercado português foi a Gardasil, precisamente há um ano. A concorrente Cervarix foi apresentada em Outubro, perto da data do anúncio da inclusão da vacina no PNV.

Apesar da boa notícia, resta ainda definir se, fora destas idades, a vacina terá algum apoio estatal. De acordo com o Infarmed, a avaliação da comparticipação continua a ser estudada, tal como aconteceu com as outras vacinas que estão hoje à venda em farmácias (como a da hepatite B).

Até agora, 19 200 mulheres e raparigas decidiram tomar a vacina, o que implicou um investimento de cerca de dez milhões de euros. Só a Gardasil, que está há mais tempo no mercado, foi adquirida por 19 mil mulheres.

O rastreio do cancro do colo do útero é outra das medidas que a Coordenação Nacional para as Doenças Oncológicas pretende implementar para reduzir o número de mortes e a incidência anual de casos nas mulheres portuguesas, uma das mais elevadas da Europa. No nosso país, registam-se 900 casos novos por ano e morre praticamente uma mulher por dia. Se o rastreio fosse bem implementado, era possível reduzir 80% dos casos da doença.|

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