Além de revelar um decréscimo da população estrangeira, o Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA), apresentado esta semana, indica alterações no padrão dos fluxos migratórios para Portugal. Os naturais dos países de expressão portuguesa deixam de estar em maioria, passando as comunidades destes países a representar 41,9% da população estrangeira no País. .O Brasil continua a ser a maior comunidade (92 120), mas regista uma quebra de 12,8% comparativamente a 2012, o que é crucial na redução do número de imigrantes..A lista dez comunidades estrangeiras mais representativas mantém-se com a diferença que os oriundos da China trocam de lugar com os da Guiné-Bissau, passando para a sexta posição (18 637) e com mais 6,8% do que em 2012. Para tal, também contribuiu a criação dos vistos Gold. .Outra característica dos novos fluxos migratórios é a feminização das comunidades estrangeiras, representando as mulheres 51,3%. Há uma maior diminuição de imigrantes masculinos (menos 5,3% do que femininos (menos 2,4%). .O SEF registou 30 130 pedidos para a aquisição da nacionalidade portuguesa, mais 1,4% do que em 2012, e deu 28 753 pareceres, sendo que 3,4% negativos. Em 62% dos casos são de pessoas que pedem a nacionalidade pelo nascimento ou anos de permanência no País e 18% por casamento ou união de facto, sobretudo brasileiros.