Portugal com grande aumento de especialistas em TIC mas ainda abaixo da média UE
De acordo com dados hoje divulgados pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, em 2016 havia 8,2 milhões de pessoas a trabalhar nos 28 Estados-membros como especialistas em TIC, equivalente a 3,7% do emprego total, mas em Portugal o número de profissionais (108 mil) representava apenas uma proporção de 2,4% do respetivo mercado de trabalho, o quinto valor mais baixo da União, apenas à frente de Grécia (1,4%), Roménia (2,0%), Letónia e Chipre (ambos com 2,2%).
No entanto, Portugal registou a quarta maior subida do número de especialistas das tecnologias da informação e comunicação entre 2011 e 2016, já que cinco anos antes tinha apenas 66 mil, o equivalente a 1,4% do emprego total no país, que era à época o segundo valor mais baixo da UE, apenas à frente da Grécia (1,3%).
Os dados do Eurostat revelam que apenas sensivelmente metade (51%) dos especialistas das TIC em Portugal possuem nível de ensino superior, o que constitui o terceiro valor mais baixo da UE, a seguir a Itália (32,8%) e Alemanha (49,6%).
Em termos globais, o Eurostat sublinha que em 2016 cerca de metade da totalidade dos especialistas em TIC encontravam-se em três Estados-membros, que lideram a tabela europeia de forma destacada: Reino Unido, com 1,6 milhões de profissionais, Alemanha, com 1,5 milhões, e França, com 1 milhão.
Esta continua a ser uma profissão com pouca representação feminina, pois os números revelam que no ano passado 83,3% dos especialistas em TIC eram do sexo masculino (83,9% em Portugal).