Porto de Viana sem data marcada para novas acessibilidades
O Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) não sabe quando é que poderá avançar a construção do acesso rodoviário ao porto de mar de Viana do Castelo. O presidente do organismo afirma mesmo que "não está prevista nenhuma decisão a breve prazo", apesar do estrangulamento da situação actual.
A posição foi manifestada ao DN por Eduardo Martins, presidente do conselho de administração do IPTM, que reconhece que "há várias alternativas e várias soluções" para a situação actual que, recorde-se, obriga à circulação, diariamente, de centenas de pesados pelo interior da vila de Darque, através da Estrada Nacional 13.
Depois de mais de uma década de discussão em torno de vários estudos, estão actualmente em cima da mesa duas soluções para o acesso rodoviário, a partir do IC1. Uma das soluções envolve a construção de um túnel através do monte Galeão, com cerca de dois quilómetros de extensão, que seria o segundo maior do género no País. A outra, que reúne o maior consenso junto dos responsáveis locais, aponta para a construção de uma via, com cerca de 18 quilómetros, contornado o monte e desembocando no nó do IC1, em S. Romão de Neiva.
Eduardo Martins reconhece o impasse na decisão, garantindo que "o processo nunca andou, nem para a frente nem para trás" e que "não está prevista nenhuma decisão a breve prazo". O presidente do IPTM afirma, contudo, que uma nova acessibilidade "é fundamental para o desenvolvimento comercial" do Porto de Viana. "A expectativa de crescimento da actividade portuária exige que melhore- mos a capacidade de acesso rodoviário", afirmou o responsável, garantindo ainda que "quando a capacidade financeira o demonstrar será tomada a decisão" sobre o novo acesso.
irregular. Segundo dados do IPTM, o movimento de entrada de navios no porto de Viana tem-se mostrado irregular desde 1980, com uma tendência de crescimento entre 1980 e 1988, uma relativa estabilidade de 1988 e 1992, e um decréscimo até 1996. Desde então que a tendência é de um aparente cres- cimento. Contudo, em comparação com o ano de 2001, em 2002 o número de navios e a arqueação bruta diminuíram.
O porto tem capacidade para receber mais de 900 mil toneladas de carga por ano, envolvendo navios com calado até 8 metros e comprimento até 180 metros. Movimenta granéis sólidos, como cimento, caulino, fertilizantes e estilha de madeira, para além de asfalto e madeira em toros e paletes.