Portas reivindica louros nos investimentos da Embraer

Presidente do CDS-PP lembra ter tomado a decisão, em 2004, de permitir a entrada do construtor aeronáutico brasileiro na então falida OGMA.<br />
Publicado a
Atualizado a

O presidente do CDS-PP reivindicou ontem parte dos louros pelo novo investimento do construtor aeronáutico brasileiro Embraer, inaugurado pelo primeiro-ministro em Évora.

"Estes investimentos confirmam que a decisão de trazer a Embraer para Portugal, tomada em 2004 [quando Paulo Portas era ministro da Defesa do Governo PSD/CDS-PP], estava certíssima", frisou o líder centrista ao DN, adiantando: "Os investimentos agora anunciados confirmam que estava certo e os críticos da decisão de então errados."

"Em 2002, as OGMA [empresa aeronáutica portuguesa, sedeada em Alverca] estavam falidas. Nomeei uma administração profissional e, com o esforço dos quadros e dos operários, saíram do vermelho e os postos de trabalho salvaram--se. Decidi privatizar a empresa e empenhei-me para que a Embraer acreditasse em Portugal e concorresse", lembrou Portas. "Na altura, muita gente de esquerda me atirou pedras, diziam que (...) as OGMA não podiam ter capital privado. Enganaram-se", assegurou o ex- -ministro da Defesa.

"Qualquer novo Governo deve empenhar-se em manter e aproveitar estes investimentos. Digo-o com a naturalidade de quem, não sem polémica, evitou o fim das OGMA e abriu as portas de Portugal à Embraer", concluiu Portas.

Paulo Portas prometeu ontem apresentar um "programa de Governo claro" sobre impostos, referindo que "é preciso que o Estado se modere e devolva poder de compra à classe média".

O líder centrista, que defendeu sábado uma descida de impostos para as famílias e empresas quando a economia começar a dar sinais de retoma, realçou, em Valongo, que "Sócrates aumentou todos os impostos nesta legislatura, um por um, ano após ano".

"A pressão fiscal sobre as famílias aumentou de 34% para 38%. Quer dizer que, só em impostos e contribuições, por cada cem euros de riqueza criada por um trabalhador ou por um empresário o Estado vai buscar 38", acusou Paulo Portas, sem especificar as propostas do CDS em matéria fiscal.

Portas, que visitou a Casa do Povo de Ermesinde (Valongo) onde diariamente se dirigem dezenas de idosos, afirmou também que o CDS-PP, se fosse Governo, "investia mais nas pensões do que no rendimento mínimo", referindo que este deve ser "uma ajuda provisória" e não "uma forma de financiar a preguiça".

Para o líder centrista, "aquilo que os idosos sabem é que, quando o CDS influenciou a política de pensões, os aumentos das pensões mais baixas somaram 34 euros e, quando chegaram os socialistas, em período equivalente, esses aumentos ficaram por 13 euros".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt