Portal Macau-China vai contar com mais 50.000 páginas 'online'

O manuscrito "Azia Extrema", de António Gouveia, e a obra impressa "Christiana expeditione apud Sinas", de Matteo Ricci, estão entre as 50.000 novas páginas disponíveis do portal Macau-China, no âmbito da Biblioteca Nacional Digital.
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"Este 'site', que conta com o apoio do Observatório da China e da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), disponibiliza um conjunto de fontes documentais, não só livros, mas também publicações periódicas, iconografia e cartografia, que são fontes importantes para compreender a História de Macau e da China", disse à agência Lusa Helena Simões Patrício, da BNP.

A ideia, segundo Helena Simões Patrício, "foi concentrar esforços num conjunto de documentação histórica fundamental que permita o estudo, à distância, destas questões, nomeadamente as relações entre Portugal e a China, além da História de Macau e da China, e que tem sido consultado um pouco por todo o mundo".

Na quinta-feira, na BNP, a cerimónia de apresentação das 50.000 novas páginas conta com a presença de um representante da embaixada da China em Lisboa, da chefe da Delegação Económica e Comercial de Macau, O Ti Lin, do secretário-geral da UCCLA, Vítor Ramalho, e da diretora da BNP, Inês Cordeiro, entre outras personalidades.

Entre os novos documentos disponibilizados 'online', Helena Simões Patrício destacou o manuscrito "Azia extrema/ dirigida à Magestade do Serenissimo Rey D. Joam o quarto N. Sr.", que é uma cópia manuscrita do século XVIII desta obra do século XVII, da autoria de António Gouveia (1593-1677), que "relata extensamente o encontro cultural entre o Ocidente cristão e a China".

Entre as fontes impressas, a responsável referiu "De christiana expeditione apud Sinas suscepta ab Societate Iesu", "um livro feito com base nos diários" do jesuíta Matteo Ricci (1552-1610).

O 'site', de acesso livre, existe deste 2015, e a partir deste ano passa a ter os menus em Português, Chinês e Inglês, permitindo fazer as descargas dos documentos, que são reproduzidos em diferentes formatos, nomeadamente PDF e JPEG.

Para 2019 está previsto uma ampliação, provavelmente a partir do fundo documental da Biblioteca da Ajuda, em Lisboa, adiantou a mesma fonte.

A BNP, numa nota, realça que "sociedade multicultural, Macau construiu-se ao longo dos séculos e teve um papel pioneiro na relação entre os povos do Ocidente e da Ásia, funcionando como polo de transferência e interinfluência de conhecimentos técnico-científicos - botânicos, medicinais, geográficos e cartográficos -, político-sociais e culturais".

O 'site' "Macau-China: fontes dos séculos XVI a XIX" é patrocinado pela Fundação Macau.

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