O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, garantiu hoje no parlamento que não haverá novas portagens na A3 nem na A4, adiantando que o Governo continua a estudar como favorecer a mobilidade nas autoestradas do interior.."Neste ano, em que se acabam estas obras, este Governo não põe no Orçamento do Estado de 2016 qualquer introdução de portagens na A3 e na A4", declarou o governante, quando questionado sobre a possibilidade de virem a ser portajados o troço da A3 entre Águas Santas e a Maia e o troço da A4 entre Águas Santas e Ermesinde..Na comissão de Economia, o governante realçou que "foi uma opção política a não introdução de portagens nestas autoestradas", da região norte, o que levou o deputado do CDS-PP Hélder a Amaral a aconselhar o ministro a não se deixar levar "por essa velha tradição de contentar tudo e todos"..[artigo:4989552].Pedro Marques acusou o governo anterior de ter duas versões sobre estas portagens: "Dizia que punha portagens na A3 e na A4 quando falava com a 'troika' e depois dizia que não ia pôr quando falava com os autarcas da região"..No parlamento, Pedro Marques reafirmou que este Governo também não pretende abolir portagens em nenhuma autoestrada, mas está a estudar como favorecer a mobilidade no interior, o que "poderá passar por um regime de descontos nas portagens no interior".."Não está em cima da mesa a abolição simples de portagem em nenhuma autoestrada, mas estamos a estudar formas de favorecer a mobilidade nessas autoestradas", declarou..Na mesa de Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, estão algumas soluções para potenciar o tráfego nas zonas do interior do país e em estradas menos utilizadas. Uma destas soluções, avançou o ministro esta quarta-feira, na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, "pode passar por uma redução de portagens" tanto no interior como em zonas com poucas alternativas em boas condições. No fundo: um desconto no valor a pagar pelo utilizador em determinadas localidades do país..Recorde-se que em dezembro o PCP e o Bloco de Esquerda (BE) entregaram no parlamento propostas para acabar com as portagens nas antigas SCUT (vias sem custos para o utilizador)..A introdução de portagens, em 2016, no troço da A3 entre Águas Santas e a Maia e no troço da A4 entre Águas Santas e Ermesinde estava prevista no Plano de Atividades e Orçamento da empresa Infraestruturas de Portugal (IP), antiga Estradas de Portugal, segundo o Jornal de Notícias..Segundo o diário, a medida "terá sido acertada entre o Conselho de Administração da IP e o anterior Governo", sendo que a cobrança de portagens nos dois troços "deverá render cerca de 15 milhões de euros por ano aos cofres" da empresa..Questionado sobre a possibilidade de reverter a fusão da Estradas de Portugal com a Refer, na Infraestruturas de Portugal, Pedro Marques descartou a ideia: "A nossa forma de trabalhar não passa por gastar energias com processos de reversão. No caso da IP não dedicaremos o nosso tempo a reverter o processo, porque não julgo que seja uma opção política prioritária para nós".