Polícia usa gás lacrimogéneo contra manifestantes
De acordo com a agência Associated Press, os protestos dos últimos dias foram os mais graves desde que o Presidente Traian Basescu chegou ao poder em 2004 e são o resultado de uma frustração reprimida contra os cortes de salários na função pública, impostos mais elevados e suspeitas de corrupção generalizada.
A partir de 2009, a Roménia recebeu dois anos de ajuda financeira do FMI (Fundo Monetário Internacional), da União Europeia e do Banco Mundial, no valor de mais de 21 mil milhões de euros, numa altura em que a economia do país recuou 7,1 por cento.
O acordo com aquelas instituições obrigou a Roménia a impor duras medidas de austeridade, reduzindo os salários do setor público em 25 por cento e aumentando os impostos.
No entanto, o catalisador dos protestos foi a demissão do diretor-geral de Saúde, Raed Arafat, um palestiniano com cidadania romena que se opôs às reformas no setor da Saúde propostas pelo Governo.
Na sexta-feira, o Presidente disse ao Governo para refazer as reformas, mas a contestação popular já tinha aumentado contra Traian Basescu e o executivo.