Polícia examina corpo carbonizado
A polícia de Minas Gerais pediu um exame de ADN a um corpo carbonizado encontrado em finais de Junho em Cachoeira Paulista, no estado de São Paulo. O objectivo é saber se é ou não o de Eliza Samudio, a ex-amante do guarda-redes do Flamengo, Bruno Fernandes, que desapareceu de Belo Horizonte no início de Junho. O jogador está detido, junto com seis amigos e familiares, suspeito de ter ordenado a sua morte.
Segundo a TV Globo, o corpo foi encontrado no dia 26 de Junho, totalmente carbonizado e sem a arcada superior dentária. Não foi possível determinar o sexo da vítima, mas as autoridades pensam que é uma mulher, por causa da sua estatura. "Ninguém está reclamando esse corpo, isso está chamando a atenção. Eu estou aqui há 13 anos e nunca encontrei um corpo nessa condição", disse o chefe da polícia de Cachoeira Paulista, Mário Celso Ribeiro Fenne.
As autoridades pediram o exame de ADN para ver se é ou não Eliza, a jovem de 25 anos que terá tido um filho com Bruno. Num depoimento na polícia, Fernanda Castro, outra alegada amante do jogador, admitiu ter cuidado do bebé nos dias que antecederam o desaparecimento de Eliza, mas negou ter estado em contacto com ela. O depoimento que contradiz a informação recolhida no Palace Hotel, em Contagem, onde deram entrada seis pessoas - entre as quais, segundo a polícia, Fernanda e Eliza.
Além de Bruno, há outras seis pessoas detidas, suspeitas da morte da jovem. Um deles, conhecido como "Macarrão", tinha acusado dois polícias de agressão durante um depoimento. "Ele apanhou. Tomou um tapa pelo peito afora e foi jogado ao chão", disse o advogado Ércio Quaresma, que defende também o guarda-redes. Mas, ontem, os primeiros resultados da perícia a Luiz Henrique Romão, o amigo de Bruno, revelaram não ter existido agressão.