Polícia enfrenta fugas reais e por sms em operação 'stop'

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O balanço da "Operação Ano Novo" da GNR subiu ontem para cinco mortos, sete feridos graves e 113 ligeiros. Este é o resultado dos 446 acidentes registados pela Guarda nas estradas portuguesas, até à meia-noite do dia 29. Um pouco por todo o País, multiplicam-se, nesta altura do ano, as operações stop e as acções de sensibilização dos condutores.

Ontem de madrugada foi a PSP de Coimbra levou a cabo uma operação de fiscalização em vários pontos da cidade. Os sms nos telemóveis há muito que circulam entre os noctívagos, avisando que Coimbra tem mil olhos. Não seriam estas, no entanto, as únicas "fugas" que a polícia teria de enfrentar. O intendente Bastos Leitão, comandante da PSP, sublinhou que a cidade, no primeiro semestre deste ano "foi a que registou maior número de acidentes com vítimas". O comandante deseja tirar a cidade desta cifra negra. A operação arranca. Pela meia-noite, polícias e jornalistas, de coletes fluorescentes vestidos, fazem-se à estrada.

Pouco depois das doze badaladas, Leandro Toledo, de 27 anos, enfermeiro acabado de sair do serviço de urgência dos Hospitais da Universidade de Coimbra é um dos fiscalizados. Está tudo OK. "Acho óptimo, deve ser feita prevenção e justiça acima de tudo", diz aos jornalistas.

Pela primeira vez, a PSP de Coimbra conta com uma viatura desca-racterizada equipada com um radar dinâmico, vinda especialmente do Comando Metropolitano da PSP do Porto. É com este carro que se ca-çam os 'aceleras': em várias artérias em que o limite é de 50 ou de 70 km/hora, há quem duplique a velocidade permitida por lei. E os polícias desta viatura ficam com mais histórias hilariantes para contar, entre as quais a de um condutor que se quis desculpar dizendo que tinha "uma empresa de segurança e umas ourivesarias estavam a ser assaltadas"...

O governador civil Henrique Fernandes fez questão de acompanhar toda esta acção policial. Feitas as contas, já perto das 05.30, 300 condutores foram fiscalizados, três dos quais detidos por condução sob o feito do álcool. Mas a noite tinha sido, quase toda, de adrenalina. Houve a fuga efectiva à polícia, a alta velocidade, em pelo menos três casos, num dos quais, pela 01.50, resultou em despiste contra parede de uma oficina.

Do balanço desta operação ficam alguns números: doze infracções graves e sete muito graves por excesso de velocidade, outras por uso de telemóvel, falta de inspecção (uma), pneus irregulares (três). | Com I.P.

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