PJ pediu moradas de suspeitos à PSP

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PJ pediu moradas de suspeitos à PSP

Divisão de Investigação Criminal da polícia deu informação sobre assaltos e localizou indivíduos

A Polícia Judiciária solicitou à Divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP de Lisboa moradas e localização de indivíduos envolvidos em roubos com violência e assaltos à mão armada residentes na área da Grande Lisboa, que podem ser suspeitos nas mortes de Alexandra Neno e de Diogo Ferreira, ocorridas na noite de 29 de Fevereiro, naqueles concelhos.

De acordo com o que apurou o DN, o pedido foi enviado na semana passada à DIC com indicação expressa da confirmação de residências e de localização dos indivíduos. "Tais diligências já foram realizadas e a informação recolhida entregue aos inspectores da Judiciária", afirmou fonte policial. O material está a ser confrontado com os ficheiros de outras secções da PJ, nomeadamente a de roubos, da directoria de Lisboa, e a de assaltos à mão armada, da Direcção Central de Combate ao Banditismo.

A mesma fonte referiu ainda que alguns dos suspeitos estão referenciados e são bem conhecidos das secções de investigação criminal das divisões da PSP de Oeiras e de Loures. Mas à DIC de Lisboa foi também solicitada toda a informação sobre armas apreendidas, sobretudo pistolas de calibre 6.35 m, para serem analisadas no Laboratório de Polícia Científica da PJ, na tentativa de se chegar à arma do crime, já que foi este o modelo utilizado nos dois casos.

Isto, apesar de nos primeiros dias a investigação a polícia acreditar que, embora separadas por um intervalo de cinco horas, as duas mortes não estavam ligadas. Só que todo este cenário se esboroou quando testes à balística confirmaram que Alexandra e Diogo tinham sido atingidos com a mesma arma.

A PJ começou assim a investigar a hipótese de os suspeitos poderem pertencer a um grupo da área da Grande Lisboa. Por outro lado, dentro da própria polícia, havia quem acreditasse que se estava perante uma dupla, com um indivíduo a actuar sozinho e com o outro na retaguarda.

É que tanto na morte de Alexandra, atingida no peito quando estacionava o MercedesBenz SLK, à porta de casa, na Urbanização Real Forte, em Sacavém, como na de Diogo Ferreira, baleado na cabeça no parque de estacionamento do centro comercial de Oeiras, ao surpreender o furto de uma viatura, apenas era referenciado um homem, de raça branca, com cerca de 1,75 m de altura. As testemunhas de Sacavém afirmavam ter visto uma figura masculina a fugir no sentido da linha do comboio, o mesmo foi referido à PJ pela única testemunha do crime de Oeiras. Segundo apurou o DN, o amigo que acompanhava Diogo no momento do crime disse aos inspectores que "apenas viu um indivíduo".

A ausência de testemunhas não tem facilitado a investigação dos dois crimes. No caso de Oeiras, a PJ tentou mesmo identificar e localizar testemunhas através das imagens captadas pelo sistema de videovigilância do parque de estacionamento, mas "não apareceu ninguém com informação útil". Por agora, a única dúvida que parece não existir é quanto ao móbil do crime: o roubo de viaturas.

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