Piscinas e pavilhões desportivos reabrem 2.ª feira após surto de legionela

A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira vai reabrir as instalações das freguesias do Forte da Casa, Póvoa de Santa Iria e Vialonga.
Publicado a
Atualizado a

Num comunicado hoje divulgado, a autarquia refere que "a decisão de reabertura surge na sequência de contactos hoje estabelecidos com as Autoridades de Saúde e da apresentação pública dos resultados dos estudos epidemiológicos deste surto, ontem [sexta-feira] efetuada, em que o diretor-geral de Saúde referiu que os cidadãos do concelho 'podem retomar todos os hábitos normais'".

A 7 de novembro foi detetado um surto de legionela em Vila Franca de Xira, que já causou sete mortos e afetou 316 pessoas, segundo os últimos dados da Direção Geral de saúde, divulgados na sexta-feira. A 9 de novembro, mesmo dia em que foram encerradas as torres de arrefecimento de algumas empresas do concelho, a Câmara de Vila Franca de Xira decretou o encerramento temporário das piscinas e pavilhões desportivos do concelho.

No comunicado, a autarquia diz também que irá aconselhar aos clubes desportivos e agrupamentos de escolas que retomem "a sua atividade normal ao nível das atividades e aulas de educação física, retomando a utilização dos duches dos pavilhões".

A câmara de Vila Franca de Xira refere ainda que, "a título preventivo", irá manter-se o reforço dos níveis de cloro na água da rede pública, bem como a suspensão do funcionamento dos sistemas de rega por aspersão e de fontes ornamentais.

Entretanto, está agendada para terça-feira, às 18:00, uma nova reunião extraordinária da Comissão Municipal de Proteção Civil do concelho.

Na sexta-feira à tarde, durante a apresentação de um relatório sobre o trabalho desenvolvido desde que foi detetado o surto de legionela, ficou reforçada a probabilidade de a fonte do surto estar numa torre de refrigeração da Adubos de Portugal (ADP).

Aos jornalistas, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse que, numa torre de uma empresa - sem nunca especificar nomes -, "havia uma forte indicação de que podia ser a fonte de contaminação" e que, "passados os testes laboratoriais adicionais", existe uma "probabilidade ainda mais forte daquela torre ter uma coincidência com a bactéria identificada nas pessoas doentes".

Hoje, a ADP garantiu que faz desde 2012 análises à legionela duas vezes por ano, tendo a última sido realizada em maio, e que os resultados têm sido sempre negativos e remetidos para as autoridades competentes.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt