Phelps come tudo o que pode, até fora de água

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Mito. Americano soma terceira medalha de ouro, faltam cinco

Michael Phelps já tinha avisado, e toda a gente o levou a sério, que dentro de água se ia atirar a tudo o que podia tocar. Três provas (das oito em que está inscrito), três medalhas de ouro, três recordes mundiais. Ontem, foi o dia 3 de Phelps, o dia dos 200m livres (triunfo folgado, 12.96). No fim, explicou: "Como e durmo tudo o que posso". Simples, não é?

Aparentemente, para o menino de Baltimore, é. O programa são 17 provas em nove dias? "Durmo e como tudo o que posso", explicou o norte-americano. "Como muita massa e muitas pizzas, que me dão muitos hidratos de carbono [essenciais para restituir a energia]". Mas não é só à mesa que a preparação do nadador é irritantemente simples. Horários certinhos, acordar cedo, sesta. Coisas terrestres para o monstro das piscinas, aquele que está a escrever a história da natação um dia depois do outro - falta uma medalha para chegar aos inalcançáveis, pelo menos em112 anos, dez ouros em Jogos.

"Levanto-me às 4.30/5.00 horas da manhã. Depois, fico na cama ainda meia hora. Custa-me um bocado sair da cama, mas são os Jogos Olímpicos...", prossegue, com cruel humildade, aquele que é já considerado o melhor nadador de todos os tempos.

Este é o programa antes das provas, uma média de duas por dia (entre finais e apuramentos), até domingo. Mas há o depois. "Faço o máximo para recuperar. É qualquer coisa que vai ser crucial nos próximos Jogos", conclui Michael Phelps. E junta-lhe mais um pormenor: "Preciso de massagens duas vezes por dia".

Desvendados os segredos de Phelps, não se espera, no entanto, que os adversários se aproximem muito do colosso americano. Ontem, Park Tae-hwan (14.85) e Peter Vanderkaay (1:45.14) levaram dois segundos de avanço. E ainda nem se chegou à mariposa, onde Phelps ainda é mais intratável.|

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