Permanecem dúvidas sobre a morte de Aribert Heim

Polícia alemã vai pedir autorização ao Egipto para encontrar cadáver de nazi.
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A polícia criminal alemã e o caça-nazis Ephraim Zuroff sublinhavam ontem que persistiam demasiadas dúvidas para se dar como certa a morte do carniceiro de Mauthausen, Aribert Heim, também conhecido como "doutor morte".

Para o número dois da unidade de investigação aos criminosos nazis, Joachim Riedel, só "haverá certezas quando forem identificados os restos mortais" de Heim.

Uma opinião partilhada por um dos responsáveis do Centro Simon Wiesenthal, Ephraim Zuroff, que duvida da notícia divulgada quarta-feira pela televisão alemã ZDF, resultado de uma investigação em conjunto com o New York Times. "Não acredito que esteja morto. Há demasiados pontos de interrogação. Não há cadáver, túmulo nem sequer elementos de ADN. Este é um fim claramente insatisfatório", declarou este responsável israelita do Centro.

A ZDF e o diário americano garantiam, baseado em declarações de um dos filhos do "doutor morte" e achados da sua própria investigação, que Heim morrera aos 78 anos, a dez de Agosto de 1992, no Cairo, onde vivia sob identidade falsa.

Até às revelações da passada quarta-feira, a justiça privilegiava a hipótese de Heim, que teria hoje 93 anos, estar refugiado em Espanha ou na América do Sul, na Argentina ou no Chile.

A polícia alemã já anunciou que vai pedir autorização ao Egipto para desenvolver uma investigação própria para localizar o cadáver de Heim. Este é considerado responsável de centenas de mortes de prisioneiros do campo de Mauthansen e da prática recorrente de torturas.

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