Pentágono anuncia que testou com sucesso um míssil hipersónico

Projeto de nova arma tem a primeira fase validade, segundo o Departamento de Defesa norte-americano. É a corrida ao armamento mais sofisticado entre EUA, Rússia e China.
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O Departamento de Defesa dos EUA anunciou esta sexta-feira que testou com sucesso um míssil hipersónico, uma arma que poderá potencialmente desafiar os sistemas de defesa de um adversário.

O Pentágono disse que um míssil de teste voou a velocidades hipersónicas - mais de cinco vezes a velocidade do som, ou Mach 5 - até um ponto de impacto designado

"Hoje validamos o nosso projeto e agora estamos prontos para avançar para a próxima fase em direção a uma capacidade de ataque hipersónico", disse o vice-almirante Johnny Wolfe, em comunicado.

Estes testes já tinham sido anunciados no início do mês. A 4 de março, foi noticiado que o Departamento de Defesa planeava gastar biliões de dólares nos próximos anos na produção em larga escala de armas hipersónicas. Estes sistemas têm sido uma das principais prioridades do subsecretário de Defesa para Pesquisa e Engenharia Mike Griffin.

"Estamos realmente a chegar ao ponto em que começamos a acreditar que, pelo menos para veículos hipersónicos impulsionados por foguetes, temos a tecnologia quase pronta", disse Grifiin na conferência anual da McAleese & Associates, em Washington.

Para competir com os grandes concorrentes China e Rússia, os militares dos EUA precisarão de produzir um grande número deles, acrescentou.

"Nas últimas décadas, fomos líderes mundiais em tecnologia hipersónica, mas decidimos não construir sistemas de armas a partir das tecnologias hipersónicas em que trabalhamos em laboratório", afirmou há dias Mike White, vice-diretor do Departamento de Defesa dos Estados Unidos para armas hipersónicas.

"Os russos e chineses fizeram-no e há muitos anos", assegurou.

Mark Lewis, diretor de investigação militar do Pentágono, atribuiu o êxito da Rússia ao seu legado da era soviética, enquanto a China fez "enormes investimentos" e usou estudos científicos americanos publicados desde a década de 1940.

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