Penálti nos suspiros finais promove empate justo

O Vitória de Guimarães não foi ontem além de um empate a uma bola na recepção à Olhanense, numa partida em que os minhotos se voltaram a queixar da equipa de arbitragem, que a três minutos do final assinalou uma grande penalidade a favor da Olhanense.

A decisão, que pareceu ser bem tomada, causou revolta nos adeptos da casa, que ainda antes do desafio tinham caminhado, aos milhares, nas ruas da cidade, numa marcha de protesto contra a arbitragem do dérbi frente ao Sp. Braga, na última jornada, que terminou com a derrota dos vimaranenses (3-2).

Mas neste desafio, o resultado, que se aceita, acaba por castigar a inoperância ofensiva dos donos do terreno, que embora se tenham adiantado no marcador, perto do intervalo, com um golo de Rui Miguel, após bom trabalho de Nuno Assis, nunca foram uma equipa à altura das ambições europeias.

Crédito para a Olhanense na forma aguerrida como entrou no desafio e conseguiu, no primeiro tempo, disfarçar as diferenças de valores entre os conjuntos; e depois, na etapa complementar, nunca se conformou com a desvantagem, criando, inclusive, as melhores oportunidades, sublinhadas com o lance-capital do jogo, quando Renan, na área, forçou o contacto com Djalmir, não deixando dúvidas ao árbitro Olegário Benquerença.

Na cobrança do castigo, Ukra, um dos melhores na formação algarvia, afixou o empate final, que permite à turma de Olhão somar mais um ponto na fuga aos últimos lugares da classificação.