Pelotão de fuzilamento volta a ser opção para execuções de prisioneiros
O comité legislativo do Utah, nos Estados Unidos, propôs a reintrodução das execuções por pelotão de fuzilamento nas situações em que as substâncias químicas utilizadas nas injeções letais não se encontrem disponíveis, como é o caso atualmente.
"A empresa europeia que fabrica [as drogas letais] está a recusar-se vender aos Estados Unidos porque são contra a pena de morte", explica ao The Salt Lake Tribune o deputado local eleito pelos republicanos Paul Ray.
O fuzilamento é "a alternativa menos cruel de executar alguém", defende o político. "É rápido e, honestamente, é uma das formas mais indolores. De certeza que há alguma dor inicial, mas não se vê as convulsões e o esforço a tentar respirar que se testemunha em qualquer tipo de injeção letal", concretiza.
O projeto de lei surge após uma execução que correu mal em Oklahoma. Condenado por homicídio e violação, Clayton Lockett esteve em sofrimento durante cerca de meia hora após lhe ter sido ministrada uma injeção letal, tendo acabado por morrer de ataque cardíaco.
Segundo o documento, que será debatido no parlamento do Utah na sessão legislativa marcada para janeiro, para aplicar o fuzilamento será necessário que um magistrado, 30 dias antes da data da execução, avalie se existe ou não 'stock' dos químicos para a injeção local. Caso não exista, o prisioneiro será então fuzilado.