Pelo menos sete mortos em atentado suicida no Sinai do Norte

Cairo, 09 abr 2019 (Lusa) -- Quatro polícias e três civis, incluindo uma criança, foram hoje mortos num atentado à bomba reivindicado pelo ramo do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) no Sinai do Norte, nordeste do Egito, anunciou o ministério do Interior.
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"Um 'kamikaze' com cerca de 15 anos fez-se explodir perto das forças de segurança, provocando a morte de dois oficiais, de dois polícias e de três cidadãos incluindo uma criança de seis anos", declarou o ministério em comunicado.

O atentado, que também provocou 26 feridos, ocorreu no decurso de uma patrulha da polícia na localidade de Cheikh Zouweid, acrescentou.

Por sua vez, a agência de notícias Amaq, porta-voz do EI, assegurou que foram mortos ou feridos 15 membros da polícia no decurso do atentado suicida.

Em breve comunicado publicado na rede social Telegram, a agência assegura que entre os mortos se encontra o chefe de investigações do posto policial de Sheij Zueid e outros oficiais da polícia.

A "Wilayat Sina", ramo do EI ativo no Sinai do Norte, reivindicou o ataque dizendo tratar-se de "represálias pela perda de territórios anteriormente detidos na Síria", segundo o SITE, centro norte-americano de vigilância dos 'sites' 'jihadistas'.

Cheikh Zouweid está situado entre El-Arich, capital do Sinai do Norte, e Rafah, a cidade fronteiriça com a Faixa de Gaza. Estas três cidades têm sido as mais atingidas pelos ataques de diversos grupos radicais nesta região.

O Egito desencadeou uma vasta operação militar contra os grupos insurgentes no Sinai do Norte, onde suspeita que o EI pretende estabelecer um novo bastião após as últimas derrotas do grupo islamita radical no Iraque e Síria.

Em 23 de março, as Forças democráticas sírias (FDS), uma aliança de forças curdo-árabes, proclamaram o fim do "califado" anunciado pelo EI no Iraque e Síria, no final de uma ofensiva no leste sírio.

Segundo as autoridades, cerca de 600 presumíveis 'jihadistas' e pelo menos 40 soldados foram mortos no decurso da campanha militar desencadeada pelo governo egípcio no Sinai.

A campanha militar foi iniciada após o golpe de Estado contra o presidente islamita Mohamed Morsi em julho de 2013, e liderado pelo atual chefe de Estado e ex-marechal Abdel Fatah al-Sisi.

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